A venda de máquinas agrícolas no Brasil sofreu uma queda de 19,8% em 2024 em comparação a 2023, totalizando 48,9 mil unidades comercializadas no ano. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (23) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) durante coletiva de imprensa em São Paulo. Em 2023, o setor havia vendido 61 mil equipamentos.
O segmento mais impactado foi o de colheitadeiras, que registrou um recuo de 54,2%, com apenas 3,3 mil unidades vendidas em 2024, contra 7,2 mil no ano anterior. Já as vendas de tratores de rodas caíram 15,2%, atingindo 45,6 mil unidades. O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, atribuiu a retração à safra menor de grãos em 2023/24, à desvalorização das commodities agrícolas e à baixa atratividade das linhas de financiamento, fatores que, segundo ele, são decisivos para o mercado de máquinas agrícolas.
Em contrapartida, o setor de máquinas de construção registrou um crescimento de 22,2% nas vendas, impulsionado pela construção civil, que ampliou sua participação nas compras de 37% para 42%. No segmento de construção, as máquinas agrícolas representaram 17% das comercializações, percentual idêntico ao de 2023.
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Indústrias de Máquinas Agrícolas Anunciam Demissões no Rio Grande do Sul
A desaceleração nas vendas já reflete no mercado de trabalho, com cortes de postos em grandes fabricantes do setor no Rio Grande do Sul.
AGCO demite 51 funcionários em Santa Rosa
A AGCO, indústria de equipamentos agrícolas com sede em Santa Rosa, no noroeste gaúcho, anunciou na última quinta-feira (16) a demissão de 51 colaboradores, o que representa 10% de seu quadro funcional. A empresa justificou a medida como um ajuste na produção diante da menor demanda.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Santa Rosa, as demissões atingiram diversas áreas da fábrica, com maior impacto nos setores de produção, manutenção, solda, montagem e pintura. Inicialmente, a empresa cogitava desligar 100 funcionários, mas o sindicato conseguiu reduzir esse número nas negociações.
A fábrica, que emprega atualmente 480 pessoas, viu sua produção cair drasticamente desde 2023. A capacidade instalada permite fabricar até seis máquinas por dia, mas atualmente a produção não ultrapassa uma e meia por jornada. No ano passado, a empresa já havia adotado o layoff, afastando temporariamente até 370 funcionários.
O sindicato também informou que a empresa deve promover novas paralisações em março e junho, antecipando férias e férias coletivas.
John Deere demite 150 funcionários em Horizontina
Outra gigante do setor, a John Deere, anunciou a demissão de 150 trabalhadores em sua fábrica de Horizontina, também no noroeste do RS. A medida, segundo a multinacional, foi necessária devido a uma mudança no plano de produção para 2025.
As demissões ocorrem após um período de dificuldades na empresa. Em março de 2024, a John Deere concedeu férias coletivas a 1,1 mil funcionários e implementou um sistema de layoff, permitindo o afastamento temporário de trabalhadores por até cinco meses.
O Sindicato dos Metalúrgicos de Horizontina e Região confirmou as 150 homologações e lamentou as demissões, destacando que vinha negociando alternativas para evitar cortes, como o layoff e férias coletivas. A entidade segue acompanhando o impacto social e econômico das demissões na comunidade local.
Em nota, a John Deere reafirmou seu compromisso com os investimentos no Brasil e justificou as demissões como um ajuste estratégico na produção para o próximo ano fiscal.
Com a desaceleração do setor agrícola e a queda na demanda por máquinas, o mercado segue atento aos desdobramentos e possíveis novas medidas das empresas para equilibrar a produção e preservar empregos.
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