A audiência de conciliação realizada nesta quarta-feira (13) para tratar da ocupação da Fazenda das Aroeiras, em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, encerrou-se sem acordo. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupa o terreno de 235 hectares com cerca de 500 famílias desde o dia 8 de março.
Representantes do MST e os herdeiros da fazenda estiveram presentes na audiência, presidida pela desembargadora Ângela de Lourdes Rodrigues, coordenadora do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania para Demandas Territoriais, Urbanas e Rurais e de Grande Repercussão Social (Cejusc Social) em Belo Horizonte.
Silvio Netto, da direção nacional do MST, enfatizou a determinação das famílias em lutar por seus direitos, argumentando que a terra não cumpre sua função social e deve ser destinada à reforma agrária, em conformidade com a Constituição.
Por outro lado, o advogado da família proprietária da área, Jorge Luiz Pimenta, destacou a documentação apresentada nos autos, incluindo o registro e a comprovação da posse e utilização produtiva da propriedade. Ele ressaltou que não há espaço disponível na fazenda para um assentamento do MST, alegando que a área não é improdutiva.