Minas Gerais, conhecida por sua tradição na produção de café e queijo, está ganhando destaque também na fabricação de vinhos de alta qualidade. A técnica da “dupla poda”, especialmente empregada no Sul de Minas e na Região da Mantiqueira, tem impulsionado o setor, levando o governo estadual a criar um regime especial de tributação para vinícolas.
Sob a liderança do governador Romeu Zema, a Secretaria de Estado de Fazenda (SEF) aprovou um tratamento tributário setorial (TTS) que reduz a carga de ICMS de 25% para 3% para os fabricantes de vinhos. Essa medida visa tornar os produtos locais mais competitivos no mercado e estimular investimentos no setor, gerando empregos e promovendo o desenvolvimento econômico.
O secretário de Fazenda, Luiz Claudio Gomes, destaca a importância dessa política para atrair investimentos, intensificar as cadeias produtivas e proporcionar bem-estar social através da geração de empregos. Ele ressalta que o setor vinícola não apenas impulsiona o turismo, mas também dinamiza outros setores econômicos, como o hoteleiro, de transporte e comércio.
A empresa Luiz Porto Vinhos Finos, por exemplo, já solicitou o regime especial e está otimista em relação ao apoio do governo estadual. Com vinhedos em Cordislândia e processamento em Tiradentes, a empresa vê nessa iniciativa uma oportunidade para impulsionar seu crescimento e contribuir para o desenvolvimento da indústria vinícola mineira.
Com cerca de cem produtores de vinhos e mais de mil hectares de vinhedos registrados, Minas Gerais tem potencial para se tornar um polo vinícola de destaque. A expectativa é que, quando toda a área plantada estiver em produção, o mercado movimente cerca de R$ 120 milhões por ano. O governo estadual tem apoiado o setor há anos, com investimentos em projetos de desenvolvimento de técnicas de manejo, produção de mudas e análises enológicas, contribuindo para o crescimento sustentável da indústria vinícola no estado.