Uma operação deflagrada nesta segunda-feira (21) em cinco estados brasileiros resultou na prisão de cinco pessoas, incluindo um militar do Exército Brasileiro, como parte de uma investigação contra um grupo neonazista. O grupo é acusado de promover discursos de ódio, antissemitismo, apologia ao nazismo e planejar atos violentos em várias regiões do país. Além disso, os integrantes participavam de uma banda que se apresentava em eventos neonazistas.
Coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), a “Operação Overlord” realizou prisões em Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Paraná e Rio Grande do Sul. Entre os presos está um suspeito de ser líder do grupo e que estaria envolvido no assassinato de um jovem punk em 2011.
O militar preso, ainda na ativa, era conhecido por frequentar eventos neonazistas, e seu treinamento em táticas de combate e uso de armas aumentava o risco associado ao grupo. A operação também cumpriu oito mandados de busca e apreensão.
Os investigadores revelaram que o grupo utilizava a simbologia do “Sol Negro” – associado ao ocultismo nazista e à supremacia branca – e realizava rituais de “batismo” para novos membros, reforçando a coesão e o extremismo do grupo.
O crescimento do neonazismo no Brasil vem sendo monitorado por entidades como o Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), que entregou à ONU um relatório detalhando o aumento de 270,6% no número de células neonazistas entre 2019 e 2021. Segundo o levantamento, o Brasil possui mais de 530 núcleos extremistas que disseminam ódio contra minorias.
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