Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil, foi agraciado pelo terceiro ano seguido com o prêmio de “Melhor Banqueiro Central do Ano na América Latina e Caribe”, concedido pela revista LatinFinance. A premiação, anunciada nesta quinta-feira (24), faz dele o primeiro a conquistar o reconhecimento em três anos consecutivos.
Em comunicado, Campos Neto atribuiu o mérito ao trabalho coletivo: “Esse prêmio é de todos nós. Muito obrigado”, disse ele, destacando o papel essencial dos servidores do Banco Central na conquista. Segundo o BC, essa é a primeira vez que o prêmio é entregue a um presidente de banco central por três anos seguidos. Em 2023, Campos Neto foi laureado ao lado do então ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad. Este ano, o reconhecimento também foi compartilhado com Luis Caputo, ministro das Finanças da Argentina.
Campos Neto, que completará 55 anos em 2024, foi destacado pela LatinFinance por sua gestão do processo de desinflação no Brasil, que manteve o crescimento econômico acima das expectativas do mercado, mesmo em um cenário ainda desafiador para a inflação.
Durante seu mandato, Campos Neto impulsionou diversas inovações no sistema financeiro brasileiro, como o Pix, lançado em 2020, e o avanço do open finance e do Drex, a moeda digital do real. O Banco Central também celebrou sua aprovação no Congresso Nacional para garantir a autonomia operacional da instituição, enquanto ele busca apoio para a PEC 65/2023, que pretende ampliar essa autonomia, transformando o BC em uma empresa pública independente financeiramente.
Mesmo com os prêmios e o reconhecimento internacional, Campos Neto enfrentou críticas de figuras do governo federal, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele deixará o cargo em dezembro de 2024, e Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária do BC, assumirá sua posição em janeiro de 2025, com mandato até 2028.
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