O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e o Ministério Público de São Paulo (MPSP) recomendaram o banimento da torcida organizada Mancha Alviverde, do Palmeiras, dos estádios de seus estados, após um confronto violento com a Máfia Azul, do Cruzeiro, que resultou na morte de um torcedor cruzeirense e deixou outros 17 feridos.
A decisão do MPMG, assinada pelo promotor Fernando Abreu, determina que a Mancha Alviverde seja impedida de acessar estádios mineiros por um período de dois anos, até 2026, e recomenda à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) que a medida seja estendida a todo o país. Entre as medidas adicionais sugeridas está a criação de um cadastro nacional de torcedores suspensos, além de pedidos para que os clubes impeçam o uso de símbolos oficiais por torcidas envolvidas em incidentes violentos.
O confronto entre as torcidas organizadas ocorreu na madrugada de domingo (27), em Mairiporã, São Paulo, enquanto os torcedores do Cruzeiro voltavam de Curitiba após a derrota contra o Athletico-PR. Durante a emboscada, José Victor Miranda, de 30 anos, integrante da Máfia Azul de Sete Lagoas, foi morto, e outros torcedores ficaram feridos. Miranda era motoboy e deixa um filho de 10 anos.
Simultaneamente, a Federação Paulista de Futebol (FPF) acatou a recomendação do MPSP e também proibiu a entrada da Mancha Alviverde em estádios paulistas. A medida veta “qualquer indumentária e objetos que identifiquem a torcida” nos eventos, e a FPF comprometeu-se a trabalhar com órgãos de segurança para garantir o cumprimento da determinação, que entrou em vigor nesta quarta-feira (30).
A decisão de ambos os estados reflete uma medida de segurança e visa coibir episódios de violência entre torcidas organizadas, mantendo o foco na proteção dos torcedores e na paz nos estádios.
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