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“Quem mexe com a Venezuela se dá mal”, adverte polícia de Maduro

Em meio à crescente tensão diplomática entre Brasil e Venezuela, a Polícia Nacional Bolivariana, alinhada ao regime chavista, divulgou uma imagem nas redes sociais que exibe a silhueta de um homem, com barba e cabelos grisalhos, semelhante ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao lado da bandeira brasileira. A publicação traz a frase: “Nossa pátria é independente, livre e soberana. Não aceitamos chantagens de ninguém, não somos colônia de ninguém. Estamos destinados a vencer” e a hashtag “Quem mexe com a Venezuela se dá mal”. Embora o nome de Lula não seja mencionado, a alusão é evidente.

A postagem marca Diosdado Cabello, ministro do Interior e uma das figuras mais influentes do chavismo. Nos últimos dias, o regime venezuelano intensificou as críticas ao governo brasileiro, mas Maduro, até o momento, tem poupado o presidente Lula de ataques diretos.

As relações entre os dois países começaram a se deteriorar após a eleição presidencial venezuelana em julho, quando Maduro foi declarado vencedor sob denúncias de fraude. A situação se agravou ainda mais com o veto brasileiro à entrada da Venezuela no Brics. Em resposta, o governo venezuelano anunciou na quarta-feira (30) a convocação de seu embaixador em Brasília, após declarações de Celso Amorim, assessor de política externa de Lula, que foi chamado de “mensageiro do imperialismo norte-americano”.

Além disso, Jorge Rodríguez, presidente da Assembleia Nacional venezuelana, declarou que pedirá ao Legislativo que declare Amorim “persona non grata”, acusando-o de submissão aos interesses dos EUA.

As tensões surgiram após Amorim afirmar na Câmara dos Deputados que a reação venezuelana ao veto brasileiro era “desproporcional”, acusando Caracas de fazer ataques infundados ao presidente Lula e à diplomacia brasileira. Maduro, por outro lado, já sugeriu que o Itamaraty estaria sob influência do Departamento de Estado dos EUA.

As declarações seguem o tom habitual do regime chavista, que frequentemente acusa seus críticos de serem agentes do imperialismo. No entanto, a fricção com Amorim é surpreendente, pois ele vinha buscando manter o diálogo com Maduro, em um esforço de mediação internacional após as recentes eleições e os protestos reprimidos no país vizinho.

A polêmica eleição de Maduro está no centro das denúncias da oposição, que contesta a validade dos resultados eleitorais e afirma que Edmundo González, atualmente exilado na Espanha, foi o verdadeiro vencedor, com evidências verificadas por institutos independentes.

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