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Banco Central da Argentina reduz taxa de juros para 35% em meio a desaceleração da inflação

O Banco Central da Argentina anunciou nesta sexta-feira (1º) um corte em sua taxa básica de juros, reduzindo-a de 40% para 35%. Este é o primeiro corte em quase seis meses, sob a supervisão do presidente Javier Milei, que está implementando medidas para controlar a inflação no país. A decisão foi comunicada por meio de uma mensagem de texto e está relacionada a um contexto de liquidez melhorada, redução das expectativas de preços ao consumidor e um compromisso fiscal do governo.

Além da redução na taxa básica, a autoridade monetária também diminuiu as taxas para os chamados “pases” — operações de curto prazo — de 45% para 40%. Os títulos soberanos argentinos responderam positivamente à notícia, com as notas com vencimento em 2029 e 2030 subindo pelo menos 0,5 centavo por dólar na manhã de sexta-feira.

Sob a presidência de Milei, a inflação mensal apresentou uma queda significativa, passando de 25,5% em dezembro para 3,5% em setembro, um resultado que tem sido fundamental para o seu sucesso político. As expectativas são de que os números de outubro, que serão divulgados em 12 de novembro, possam mostrar uma queda ainda mais acentuada.

Quando assumiu o cargo, Milei implementou uma série de cortes de juros para aliviar os pagamentos de juros do Banco Central, parte de uma estratégia para eventualmente suspender os controles de moeda e capital. O último corte anterior ocorreu em maio, quando a taxa foi reduzida pela sexta vez, de 133% para 40%.

A recente mudança na política monetária da Argentina também incluiu a migração da dívida do Banco Central para o Tesouro, uma medida destinada a reduzir a emissão monetária que poderia alimentar ainda mais a inflação anual.

Impacto nas joalherias da Recoleta

Enquanto isso, o bairro da Recoleta, um dos mais sofisticados de Buenos Aires, testemunhou a abertura de novas joalherias que vendem peças de alto valor, equivalentes ao preço de um carro ou até mesmo um apartamento. No entanto, essa aparente prosperidade não reflete uma recuperação econômica, já que muitos joalheiros relatam um aumento no número de clientes de classe média e média alta que buscam vender suas joias por necessidade.

A expressão popular “vender as joias da vovó”, frequentemente usada em tempos de crise na Argentina, voltou a ganhar força, simbolizando a dificuldade enfrentada por muitos argentinos em um cenário econômico desafiador. As informações foram reportadas pelo jornal O Globo, evidenciando a complexidade da situação econômica do país, onde o setor de luxo convive com a realidade de crise e a necessidade de venda de bens pessoais.

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