Os preços das carnes, item essencial na alimentação dos brasileiros, registraram aumento significativo nos últimos meses, com uma alta de 5,8% em outubro em relação a setembro, conforme dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgados pelo IBGE. Esse aumento expressivo impulsionou a inflação dos alimentos para 1% no mês passado, a maior dos últimos quatro anos.
Entre os fatores que explicam a alta estão o clima seco, a escassez de chuvas e o aumento da demanda interna, segundo o pesquisador Tiago Bernardino, do Centro de Estudos Avançados em Economia (Cepea). Os cortes que mais subiram de preço foram acém (9,09%), costela (7,40%), contrafilé (6,07%) e alcatra (5,79%), resultando em uma inflação da alimentação no domicílio que passou de 0,56% em setembro para 1,22% em outubro.
Para comerciantes como Maurício Mancini, proprietário de um supermercado com açougue, o cenário é desafiador. Ele explica que tem evitado repassar integralmente o aumento aos clientes, mas observa que a tendência é de mais elevações nos preços. No açougue de Paulo Sérgio Ruscito, os clientes têm migrado para cortes mais econômicos, mas o comerciante acredita que os preços das proteínas animais podem se estabilizar até o final do ano.
Em setembro, a carne já havia subido 2,97% em comparação a agosto, e, no acumulado de dois meses, a alta totaliza 8,95%. De acordo com Tiago Bernardino, ainda não há expectativa de queda no preço das carnes a curto prazo, o que pode continuar pressionando o orçamento das famílias brasileiras.
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