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Desaprovação do Governo Lula atinge 51%, aponta nova pesquisa

janeiro 29, 2025

A desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atingiu 51%, o maior índice desde o início de sua gestão, em janeiro de 2023, segundo pesquisa do instituto PoderData divulgada nesta quarta-feira (29). O levantamento, realizado entre os dias 25 e 27 de janeiro com 2.500 entrevistados, também revelou que 42% dos brasileiros aprovam a administração petista, enquanto 7% preferiram não opinar.

A pesquisa foi conduzida em todas as unidades federativas, com uma margem de erro de 2 pontos percentuais e índice de confiança de 95%. No cenário regional, a desaprovação ao governo também cresceu no Nordeste, reduto histórico de apoio a Lula. Apesar de o presidente ter recebido 69,34% dos votos válidos na região nas eleições de 2022, agora 51% dos nordestinos aprovam sua gestão, enquanto 43% a desaprovam, o que marca o maior índice de rejeição na região desde o início de seu terceiro mandato.

Crise do PIX e aumento do diesel afetam aprovação

A pesquisa aponta que a perda de apoio ao governo está relacionada a diversos fatores. A crise envolvendo o PIX, com a repercussão negativa, foi citada por especialistas como uma das principais causas da queda na popularidade de Lula. Além disso, a recente notícia sobre o aumento no preço do diesel, o que deve impactar ainda mais a inflação e o bolso dos brasileiros, também pode ter contribuído para a alta rejeição.

A insatisfação cresce: 65% dos brasileiros acreditam que Lula não cumpre promessas

Outra pesquisa, realizada pelo instituto Quaest e divulgada na última segunda-feira (24), mostrou um aumento ainda mais expressivo na insatisfação com o governo. De acordo com os dados, 65% dos brasileiros acreditam que o presidente não está cumprindo as promessas feitas durante a campanha de 2022. Apenas 30% afirmam que Lula tem entregado o que foi prometido. Além disso, 50% dos entrevistados disseram que o país está indo na direção errada, enquanto 39% acreditam que o Brasil segue no caminho certo.

Motivos para a rejeição: corrupção, inflação e alta nos combustíveis

Quando perguntados sobre as principais razões para a desaprovação, os eleitores mencionaram, em primeiro lugar, o episódio envolvendo a tentativa do governo de monitorar transações do PIX, que gerou ampla repercussão negativa, apesar de Lula ter recuado da medida. Outros fatores que aumentaram a rejeição incluem corrupção, promessas não cumpridas, inflação, aumento dos preços e combustíveis, além de críticas a declarações de Lula contra figuras como Sergio Moro, problemas no Bolsa Família e no Auxílio Reclusão, e a postura do presidente em relação a viagens excessivas e questões ambientais.

Desafios para o governo e queda na aprovação no Nordeste

Embora o Nordeste continue sendo um bastião de apoio para Lula, os dados da pesquisa Quaest mostram uma queda significativa na aprovação na região, que passou de 67% em dezembro para 59% em janeiro. A desaprovação subiu de 32% para 37%, refletindo uma insatisfação crescente até entre os eleitores mais fiéis ao presidente.

Com um cenário político desafiador e crescente desconfiança entre a população, o governo Lula enfrentará desafios para recuperar a confiança do eleitorado e, especialmente, atender às expectativas criadas durante a campanha eleitoral. O aumento da desaprovação em diversas regiões, somado a uma percepção de que as promessas não estão sendo cumpridas, coloca o governo em uma situação delicada, exigindo respostas rápidas e eficazes para reverter a insatisfação popular.