Durante um evento oficial nesta segunda-feira (17), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que a Petrobras não pode ser responsabilizada sozinha pelos aumentos nos preços dos combustíveis e atribuiu parte da alta aos Estados e aos postos de abastecimento. O petista sugeriu que a população precisa ser mais bem informada sobre a composição dos preços para entender “quem deve ser cobrado” pelas altas.
“Muitas vezes, a Petrobras não tem culpa nenhuma”
Durante a cerimônia de lançamento do Programa de Renovação da Frota Naval do Sistema Petrobras, em Angra dos Reis (RJ), Lula destacou que o consumidor final paga valores muito superiores aos praticados pela estatal na venda dos combustíveis.
“O povo não sabe que a gasolina sai da Petrobras a R$ 3,04 e chega na bomba a R$ 6,49. Ou seja, é vendida pelo dobro do preço original, mas quando há reajuste, a culpa sempre recai sobre a Petrobras”, declarou o presidente.
Lula também apontou o gás de cozinha como um dos combustíveis que mais sofrem com a interferência de tributos estaduais e da margem de revendedores. Segundo ele, um botijão de 13 kg sai da Petrobras a R$ 35, mas pode custar até R$ 140 dependendo do Estado.
Para enfrentar esse problema, Lula sugeriu que a Petrobras estude a venda direta de combustíveis a grandes consumidores, reduzindo a atuação de intermediários. “O povo, no fundo, é assaltado pelos atravessadores, e a culpa acaba recaindo sobre o governo”, argumentou.
Exploração de petróleo na Foz do Amazonas
Além da questão dos combustíveis, o evento também foi marcado pela defesa da exploração de petróleo na Margem Equatorial, especialmente na Foz do Amazonas. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, reforçou que a estatal está comprometida em ampliar a produção de petróleo e gás até 2030, destacando que a reposição de reservas é essencial para a segurança energética do país.
“Se nós obtivermos a licença ambiental, garantimos que a exploração será realizada com máxima segurança e tecnologia de ponta para minimizar impactos ambientais”, afirmou Chambriard.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, também defendeu a liberação da exploração e citou o crescimento econômico da Guiana, país vizinho, que viu seu PIB aumentar 50% no último ano graças à extração de petróleo na mesma região. “O Brasil precisa destravar mais de R$ 1 trilhão em investimentos para saúde e educação. Não podemos aceitar que esses recursos fiquem parados”, declarou.
A exploração de petróleo na Foz do Amazonas é alvo de intensos debates ambientais. O Ibama já negou um pedido da Petrobras para realizar perfurações na área em 2023, alegando riscos ambientais. A estatal, no entanto, apresentou novos estudos para tentar obter a licença.
Impacto dos preços dos combustíveis na economia
O aumento nos preços dos combustíveis tem sido um dos principais desafios do governo, impactando a inflação e o custo de vida da população. Especialistas apontam que, além dos impostos estaduais, fatores como variações no câmbio e a política de preços da Petrobras influenciam diretamente nos valores praticados nas bombas.
Com a proximidade das eleições municipais, o tema deve ganhar ainda mais relevância, uma vez que o custo do transporte afeta diretamente a população. O governo busca soluções para reduzir os impactos dos aumentos, mas enfrenta desafios na implementação de medidas como a venda direta de combustíveis e a redução de tributos.
Enquanto isso, a Petrobras segue como foco das atenções, tanto pela questão dos preços quanto pelo avanço da exploração de novas reservas de petróleo, que promete aquecer o debate sobre meio ambiente e desenvolvimento econômico nos próximos meses.
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