EUA condenam ameaças venezuelanas à Guiana e reforçam compromisso com a soberania guianense

março 5, 2025

Os Estados Unidos expressaram profunda preocupação e classificaram como inaceitáveis as recentes ameaças de navios militares venezuelanos próximas à unidade flutuante de produção, armazenamento e descarregamento (FPSO) da ExxonMobil, no bloco Stabroek, em águas disputadas entre a Venezuela e a Guiana. O governo norte-americano ressaltou que tais ações violam o direito internacional e reafirmou seu compromisso com a soberania territorial da Guiana.

Contexto da disputa territorial

A região de Essequibo, rica em recursos naturais, é alvo de uma disputa territorial entre Venezuela e Guiana que perdura há mais de um século. Em 1899, uma decisão arbitral estabeleceu as fronteiras, atribuindo a área à Guiana. No entanto, a Venezuela nunca reconheceu plenamente essa decisão, intensificando as tensões, especialmente após a descoberta de vastas reservas de petróleo na região.

Ações recentes e resposta internacional

Em novembro de 2024, um consórcio liderado pela ExxonMobil atingiu a marca de 500 milhões de barris de petróleo produzidos no bloco Stabroek, desde o início das operações em 2019. Esse marco destaca a importância estratégica da região para os interesses energéticos globais.

Em resposta às recentes provocações, a Organização dos Estados Americanos (OEA) condenou a incursão venezuelana, e os Estados Unidos advertiram sobre possíveis consequências para o regime de Nicolás Maduro caso novas provocações ocorram.

Compromisso dos EUA com a soberania da Guiana

O Bureau of Western Hemisphere Affairs (WHA) do Departamento de Estado dos EUA reiterou o compromisso norte-americano com a soberania da Guiana. Esse respaldo alinha-se com a política diplomática dos EUA de salvaguardar a integridade territorial de seus aliados e de aderir a decisões arbitrais reconhecidas internacionalmente. A ExxonMobil, atuando na região marítima da Guiana, representa um dos principais interesses estratégicos dos EUA na área.

A comunidade internacional continua atenta aos desdobramentos dessa disputa, enfatizando a necessidade de uma resolução pacífica e respeitosa ao direito internacional.