O governo dos Estados Unidos intensificou sua política de combate à corrupção e às violações de direitos humanos na América Latina, ampliando a lista de líderes proibidos de ingressar no país. Entre os mais recentes alvos das sanções estão a ex-presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, e seu ex-ministro de Planejamento, Julio de Vido, ambos acusados de envolvimento em esquemas de corrupção durante seus mandatos.
Cristina Kirchner, que governou a Argentina entre 2007 e 2015 e exerceu o cargo de vice-presidente de 2019 a 2023, foi condenada a seis anos de prisão e recebeu uma proibição vitalícia para ocupar cargos públicos, após ser considerada culpada de fraudes relacionadas a contratos de obras públicas. Ela nega as acusações e está recorrendo da sentença.
Outro líder sancionado é o ex-presidente do Equador, Rafael Correa, impedido de entrar nos EUA devido a acusações de corrupção significativa. Correa, que governou o país de 2007 a 2017, foi condenado por aceitar subornos em troca de contratos governamentais favoráveis. Atualmente, ele reside na Bélgica e nega as acusações, alegando perseguição política.
O ex-presidente da Guatemala, Alejandro Giammattei, também foi alvo das sanções americanas. Washington o acusa de aceitar propinas durante seu mandato, o que levou à sua inclusão na lista de pessoas proibidas de ingressar nos EUA. Giammattei, que deixou o cargo recentemente, nega as acusações.
Além disso, os EUA impuseram sanções a 21 altos funcionários do governo venezuelano, incluindo chefes de segurança e ministros do presidente Nicolás Maduro, acusados de repressão e fraude eleitoral nas eleições de julho de 2024. Entre os sancionados estão figuras-chave dos serviços de inteligência e representantes oficiais do governo chavista.
Essas medidas refletem a postura firme dos EUA em relação à corrupção e às violações de direitos humanos na América Latina, visando pressionar líderes e ex-líderes a responderem por suas ações e promoverem a democracia e o Estado de Direito na região.
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