Santa Catarina lidera ressocialização prisional com 30% dos detentos trabalhando e R$ 28 milhões gerados em 2024

abril 24, 2025

Santa Catarina consolidou-se como referência nacional em ressocialização prisional por meio do trabalho. Em 2024, o estado registrou que 30% de sua população carcerária — equivalente a 8.392 detentos — estavam inseridos em atividades laborais remuneradas, superando a média nacional de 23,8%.

O trabalho dos detentos catarinenses movimentou R$ 28 milhões no ano passado. A distribuição dessa renda é estruturada da seguinte forma: 50% destinados às famílias dos presos, 25% para custear despesas do sistema prisional e os 25% restantes depositados em uma poupança acessível após o cumprimento da pena.

O estado conta com 53 unidades prisionais, das quais 51 mantêm parcerias com empresas privadas ou órgãos públicos. Em 32 dessas unidades, os detentos trabalham externamente em empresas, enquanto em outras, atividades laborais são realizadas dentro dos presídios.

Um exemplo notável é a Penitenciária de São Pedro de Alcântara, onde aproximadamente 500 detentos estão envolvidos em atividades laborais. Destes, 184 trabalham na montagem de equipamentos eletrônicos para a Intelbras, uma das maiores empresas de tecnologia do país. Além disso, outras empresas parceiras oferecem oportunidades nas áreas de produtos agrícolas, metalurgia, embalagens e alimentação, proporcionando capacitação e experiência profissional aos apenados.

O modelo catarinense de ressocialização por meio do trabalho tem sido reconhecido nacionalmente por sua eficácia na redução da reincidência criminal e na promoção da reintegração social dos detentos. A iniciativa demonstra que a combinação de responsabilidade social, capacitação profissional e geração de renda pode transformar vidas e contribuir para a segurança pública.