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Alexandre de Moraes negou busca e apreensão no gabinete de Brazão após orientação da PGR

Chiquinho Brazão, aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Rio de Janeiro, ocupou o cargo de secretário da Secretaria de Ação Comunitária entre outubro de 2022

Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um pedido de busca e apreensão no escritório do deputado Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ) na Câmara dos Deputados, após orientação da Procuradoria-Geral da República (PGR). A PGR destacou a falta de uma “demonstração razoável” de que o parlamentar estivesse mantendo provas relacionadas ao assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes em seu escritório.

Segundo relatos da Folha de S.Paulo, o ministro ressaltou em sua decisão a ausência de evidências que indicassem que o parlamentar estivesse guardando provas ligadas ao crime em seu gabinete parlamentar. A PGR, por sua vez, demonstrou preocupação com o pedido de busca na Câmara, alertando para possíveis “atritos interinstitucionais”.

Na mesma ação que visava os supostos responsáveis pelo assassinato, Chiquinho Brazão foi preso pela Polícia Federal, juntamente com seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), e Rivaldo Barbosa, ex-diretor da Polícia Civil do Rio de Janeiro.

Chiquinho Brazão, aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Rio de Janeiro, ocupou o cargo de secretário da Secretaria de Ação Comunitária entre outubro de 2022 e janeiro do ano seguinte, como parte de um acordo político para a administração da cidade.

A nomeação de Brazão para o cargo foi atribuída pelo partido Republicanos, mas posteriormente ele foi substituído devido a suspeitas sobre sua conexão com o caso Marielle. Após sua prisão, Brazão foi expulso do União Brasil, partido do qual era membro.

A conexão da família Brazão com o caso Marielle foi revelada por Ronnie Lessa em sua delação. Lessa foi apontado como autor dos disparos que resultaram na morte da ex-vereadora. Domingos Brazão, em particular, já era suspeito desde o início das investigações. Chiquinho Brazão assumiu o cargo de secretário de Ação Comunitária em 30 de outubro de 2023.

Sua nomeação para o gabinete de Paes foi vista como parte de uma estratégia política para a reeleição do prefeito, envolvendo uma aliança com o Republicanos, que apoiava o governo federal na época. A nomeação foi considerada crucial para a estratégia política do momento.

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