O Brasil falhou em alcançar a meta de matrículas no ensino fundamental pela primeira vez em 2023, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 22.
Pela primeira vez em oito anos, o país não conseguiu matricular 95% das crianças e adolescentes de 6 a 14 anos no ensino fundamental, do 1º ao 9º ano. A taxa de matrícula caiu para menos de 95% em todas as regiões do país, marcando o menor índice desde o início da série histórica da Pnad Educação em 2016.
Nas regiões Norte e Sudeste, as taxas de matrícula foram de 94,8% e 94,9%, respectivamente. No Nordeste, a taxa foi de 94,5%. Já no Sul e Centro-Oeste, a taxa foi de 94,2%.
O recorde nesse indicador no país foi registrado em 2018, com 97,4% das crianças e adolescentes matriculados no ensino fundamental. A proporção começou a declinar a partir desse ano.
Outro estudo divulgado na segunda-feira, 18, ressaltou as questões de assiduidade escolar no ensino fundamental. A pesquisa da Fundação Itaú indicou que 48% dos alunos brasileiros não conseguem concluir o ensino fundamental no tempo apropriado, citando dificuldades como reprovação, evasão ou abandono escolar.
Segundo o Ministério da Educação (MEC), a faixa etária ideal para o início do ensino fundamental é de 6 a 10 anos, com a alfabetização ocorrendo inequivocamente no 1º ano. Os estudantes dos anos finais, do 6º ao 9º ano, devem ter entre 11 e 15 anos de idade.