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Demissão do diretor da Penitenciária Federal de Mossoró é oficializada após fuga de detentos

Este caso ganhou destaque por representar a primeira fuga registrada no país no sistema penitenciário federal desde sua criação em 2006.

Nesta sexta-feira (5), a demissão do diretor da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, Humberto Gleydson Fontinele Alencar, foi oficializada através do Diário Oficial da União. Essa medida surge um dia após a captura de dois fugitivos, Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, em Marabá, no estado do Pará. Notavelmente, o documento data do dia 25 de março, dando indícios de uma resposta rápida às circunstâncias.

Os fugitivos, juntamente com outras quatro pessoas, foram detidos, e durante a operação, um fuzil e aparelhos celulares foram apreendidos. Em uma entrevista coletiva, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, ressaltou que criminosos associados às mesmas facções de Mendonça e Nascimento contribuíram para os 50 dias em que os detentos permaneceram foragidos.

A operação de recaptura foi caracterizada pelo uso efetivo da inteligência, resultando na prisão de 14 indivíduos envolvidos no caso e na localização e detenção dos fugitivos a 1,6 mil quilômetros de distância do local de fuga.

Lewandowski havia afastado o diretor da unidade prisional desde o dia em que a fuga dos dois detentos se tornou pública, em 14 de fevereiro. Carlos Luis Vieira Pires, ex-diretor da Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná, foi nomeado interventor nesse período.

Este caso ganhou destaque por representar a primeira fuga registrada no país no sistema penitenciário federal desde sua criação em 2006. A rede, composta por cinco presídios de segurança máxima, é coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e é reconhecida por seus protocolos e sistema de vigilância avançados.

As investigações revelaram que Mendonça e Nascimento escaparam da Penitenciária de Mossoró utilizando ferramentas disponibilizadas para uma obra de reforma na unidade. A corregedoria-geral da Senappen informou que a apuração não encontrou indícios de corrupção na fuga. Três Processos Administrativos Disciplinares (PADs) foram abertos para identificar e corrigir possíveis infrações entre os servidores da unidade.


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