O governo de Javier Milei, da Argentina, condenou veementemente a ação, que afeta aliados da ex-candidata presidencial venezuelana, María Corina Machado. Na terça-feira, 26 de julho, o governo argentino comunicou que o fornecimento de energia na embaixada argentina em Caracas, Venezuela, foi abruptamente interrompido na segunda-feira, 25 de julho. O local serve de refúgio para pelo menos cinco opositores do regime de Nicolás Maduro.
Segundo o comunicado oficial, o corte de energia foi realizado sem aviso prévio ou justificativa, levantando preocupações com a segurança do pessoal diplomático argentino e dos cidadãos venezuelanos protegidos pela embaixada.
O governo de Javier Milei também lembrou ao governo venezuelano sua obrigação de proteger as instalações diplomáticas contra qualquer intrusão ou dano, além de garantir a segurança e a dignidade da missão. Não há informações detalhadas sobre o restabelecimento do fornecimento de energia na nota oficial.
Os opositores abrigados na embaixada são Pedro Urruchurtu, Magalli Meda, Humberto Villalobos, Claudia Macero e Omar González, todos enfrentando ordens de prisão emitidas pelo procurador-geral Tarek William Saab, aliado de Maduro, por acusações que incluem “ações violentas”, “terrorismo” e “desestabilização”. Esses indivíduos são aliados de María Corina Machado, que foi desqualificada por 15 anos pela Justiça venezuelana.
Enquanto isso, na Venezuela, o regime ditatorial de Nicolás Maduro impediu a principal aliança de oposição do país de registrar a candidatura de Corina Yoris no site do Conselho Nacional Eleitoral. Corina substituía outra candidata, María Corina Machado, que também foi desqualificada. Essa ação praticamente garante o terceiro mandato de Maduro, estendendo seu controle no poder para 18 anos, sem uma oposição significativa. Líderes opositores denunciaram limitações no sistema online do Conselho Nacional Eleitoral, impedindo o registro da candidatura de Corina Yoris.