Uma faixa colocada no campus da Universidade Federal do Tocantins (UFT), em Palmas, gerou controvérsia e tensão entre os alunos e os professores em greve. A mensagem, “Nós, alunos da UFT Campus Palmas, somos contra a greve. Engole o Choro e faz o L”, acompanhada de uma imagem provocativa do ex-presidente Lula ao lado de um burro, foi vista como uma provocação direta aos grevistas.
Essa manifestação dos alunos causou imediata irritação, resultando em confrontos e tentativas de remoção da faixa por estudantes militantes de esquerda, enquanto outros alunos apoiavam a continuidade das atividades acadêmicas.
A decisão de entrar em greve foi tomada após uma intensa deliberação em assembleia, onde 82 votos foram a favor e 43 contra. Isso reflete uma divisão ideológica na universidade, destacando discordâncias significativas sobre a adesão à greve entre professores associados ao sindicato e aqueles que não são, em todos os campi, exceto Gurupi.
Detalhes da votação revelam que a greve foi apoiada por professores sindicalizados e não sindicalizados em diferentes campi. Na UFT de Arraias, Miracema, Palmas e Porto Nacional, a proposta foi aprovada com diferentes níveis de apoio entre os docentes.
A reitoria da UFT tem agora 72 horas para formalizar a adesão à greve, o que resultará na interrupção do calendário acadêmico oficial. Enquanto isso, a faixa polêmica permanece como um símbolo visível das tensões e divisões que permeiam a comunidade acadêmica em um momento crucial de debate sobre políticas educacionais.
