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Lula supera Bolsonaro em liberação de emendas parlamentares durante ano eleitoral. PT lidera ranking

De acordo com dados do Portal do Orçamento Federal, os deputados do PT foram os que mais receberam emendas na Câmara dos Deputados até o momento

Durante o primeiro trimestre de 2024, o governo Lula liberou um total de R$ 14 bilhões em emendas parlamentares, triplicando o valor empenhado pelo governo Bolsonaro no mesmo período de 2020, ano de eleições municipais. Os dados, divulgados pela Secretaria das Relações Institucionais sob o comando do ministro Alexandre Padilha, destacam a importância das emendas como principal canal de destinação de recursos pelos parlamentares aos seus redutos eleitorais, especialmente em um ano de disputas nas urnas, o que pode influenciar os eleitores na escolha do voto.

Essa significativa diferença de investimentos reflete a dinâmica política do momento, onde a relação entre o governo e o Parlamento tem sido marcada por tensões, com pressões crescentes por parte do Legislativo pela liberação de verbas e aprovação de pautas consideradas sensíveis, como a PEC do Quinquênio. Essas tensões foram evidenciadas recentemente com declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltando a importância do Congresso em respeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal, o que gerou reações por parte do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

Do montante liberado por Lula, 92% estão destinados a ações no Ministério da Saúde. Com o prazo para a liberação de recursos aos municípios se encerrando em 30 de junho, o governo federal promete continuar acelerando o processo de liberação de emendas.

De acordo com dados do Portal do Orçamento Federal, os deputados do PT foram os que mais receberam emendas na Câmara dos Deputados até o momento, totalizando R$ 617,8 milhões. Esse valor supera significativamente o recebido pelos representantes do MDB, que alcançaram R$ 450,1 milhões, e do União Brasil, com R$ 446 milhões.

Embora o PL detenha a maior bancada na Câmara, seus deputados receberam um montante menor em comparação com outros grandes partidos, totalizando R$ 367,5 milhões em emendas liberadas.

A preferência na liberação de maiores volumes de recursos para aliados políticos tem gerado descontentamento entre parlamentares da oposição, que buscam derrubar o veto parcial do governo à Lei de Diretrizes Orçamentárias. Essa disputa se reflete em uma semana marcada por pautas-bomba, onde o governo tem acelerado a liberação de emendas. Somente na última segunda-feira, foram empenhados R$ 2,7 bilhões.

O total autorizado aos deputados e senadores neste ano já alcança a marca de R$ 5,5 bilhões, englobando tanto as emendas impositivas quanto as de comissão e de bancadas. Contudo, parlamentares têm expressado frustração com a lentidão na liberação dos valores, especialmente considerando o calendário eleitoral. Os empenhos precisam ser realizados no primeiro semestre ou após as eleições, o que aumenta a pressão por uma rápida disponibilização dos recursos para aplicação antes do período eleitoral iniciar.


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