No decorrer do primeiro ano do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil enfrentou um crescimento assustador nos casos de feminicídio, atingindo níveis recordes. De acordo com dados divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, foram registrados 1.463 casos em todo o país, representando um aumento em relação aos 1.440 casos de 2022. Esses números alarmantes revelam uma realidade preocupante, onde uma mulher é vítima desse crime a cada seis horas, desde que a legislação brasileira classificou o feminicídio como um delito específico em 2015.
Apesar dessa escalada perturbadora da violência contra as mulheres, o governo, representado pela ministra Cida Gonçalves do Ministério das Mulheres, optou por não abordar diretamente o aumento desses crimes em um pronunciamento nacional. Em vez disso, Gonçalves enfatizou a preocupação do governo com a prevenção da violência contra as mulheres e destacou a criação do Ministério das Mulheres como um marco, assim como a aprovação da Lei de Igualdade Salarial entre homens e mulheres pelo Congresso.
Embora tenha mencionado iniciativas como o Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios e a inauguração de novas Casas da Mulher Brasileira, destinadas a oferecer apoio e serviços especializados a mulheres em situação de violência, a ministra não abordou diretamente as medidas específicas para combater o aumento dos casos de feminicídio.
Essa postura do governo diante de uma crise tão grave como a onda de feminicídios tem gerado críticas e levantado questionamentos sobre a eficácia das políticas públicas voltadas para a proteção das mulheres no país. Enquanto o governo destaca suas ações e iniciativas, a população clama por medidas mais contundentes e eficazes para deter essa epidemia de violência de gênero que assola o Brasil.