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Os Brics, a Esquerda e o Antissemitismo 

Karl Marx (o pai da esquerda) afirmava que a religião era o ópio do povo e deveria ser substituída por uma filosofia materialista de vida. Quando Lula fala que Jesus Cristo foi o maior esquerdista de todos os tempos, não é só uma blasfêmia, é um absurdo.

A presidência brasileira no Brics em 2025 poderá fortalecer a agenda antiocidental que tem marcado o grupo nos últimos anos. Com a liderança do bloco, o Brasil buscará promover uma maior cooperação no Sul Global, com ênfase em alternativas de governança inclusivas e sustentáveis, desafiando a hegemonia dos países ocidentais. Entre as iniciativas, destaca-se o Brics Pay, uma plataforma de pagamentos que permite transações entre países-membros sem a necessidade do dólar, o que responde ao interesse da Rússia e da China em reduzir a dependência da moeda americana.

Lula manifestou a intenção de um mundo multipolar, criticando organismos como o FMI e o Banco Mundial, que, segundo ele, falham em apoiar as economias em desenvolvimento. A liderança brasileira deverá enfatizar a criação de um sistema de pagamentos mais rápido e econômico entre os Brics, conforme ressaltou o chanceler Mauro Vieira durante a cúpula em Kazan, substituindo Lula, que se recupera de um traumatismo craniano.

Para o diplomata Rubens Ricupero, o grupo está cada vez mais orientado pela agenda da China e da Rússia, e o alinhamento dos Brics com esses países afasta a possibilidade de reformar a ordem global com sucesso, dado o antagonismo com os Estados Unidos. João Nyegray, professor de Relações Internacionais, alerta que a postura antiocidental dos Brics pode contradizer o compromisso do Brasil com a democracia, e adverte que o grupo pode se tornar um canal de apoio a regimes autocráticos.

A entrada do Brasil na presidência do Brics, segundo Cezar Roedel, analista em Relações Internacionais, deve ainda ser marcada pela influência sino-russa, com o país possivelmente subordinado aos interesses das potências orientais, o que alguns críticos associam à política externa do presidente Lula e seu assessor Celso Amorim.

O BRASIL, AS AUTOCRACIAS E AS DITADURAS

A representação do Brasil em eventos internacionais ao lado de líderes de regimes autocráticos ou de figuras ligadas a organizações militantes é controversa e suscita críticas. No caso específico da participação de Geraldo Alckmin na posse do presidente do Irã, a proximidade com líderes de grupos classificados como terroristas por países como Estados Unidos e Israel, incluindo o Hamas, levanta questões sobre o posicionamento diplomático do Brasil.

O Brics Pay e outras iniciativas do Brics visam aumentar a autonomia financeira dos países-membros,  e driblar as sanções econômicas impostas à esses países, após serem condenados por crimes de guerra e crimes contra a humanidade, reduzindo a dependência do dólar. Atualmente países como Rússia, Irã, Venezuela e Cuba, enfrentam sansões.

A interação do Brasil com tais países é frequentemente interpretada como uma tentativa de ampliar sua influência em uma arena multipolar, embora isso acarrete tensões em relação aos princípios democráticos e de direitos humanos que o país historicamente defende.

OS BRICS, A ESQUERDA E O ANTISEMISTIMO 

Em um comentário feito em suas redes sociais, o jornalista Leandro Ruschel sintetizou aquilo que chamou de ódio à  Israel e o povo judeu.

“Por que a esquerda quer a destruição de Israel e o extermínio do povo judeu?”, indaga Ruschel. e conclui;

“Tem uma série de motivações por trás desse alinhamento entre a esquerda globalista e o fundamentalismo islâmico nos últimos vários anos.
Isso remonta às décadas de 60 e 70, quando a União Soviética passou a instrumentalizar as nações árabes contra Israel, que era visto como um estado representante do Ocidente, dos Estados Unidos, na região. Então, existe esse alinhamento da esquerda há muito tempo com o fundamentalismo islâmico.
Mas há motivações mais profundas para isso.
A religião judaica representa a continuidade de uma tradição milenar.
E, obviamente, que a mentalidade esquerdista é contra a manutenção de qualquer tradição.
A nossa civilização, a civilização ocidental, é ancorada nessa tradição judaico-cristã.
E é o maior inimigo da esquerda desde sempre.
O próprio Karl Marx colocava que a religião era o ópio do povo e deveria ser substituída por uma filosofia materialista de vida.
Então, quando Lula fala que Jesus Cristo foi o maior esquerdista de todos os tempos, não é só uma blasfêmia, é um absurdo.
Porque a esquerda define um mundo sem Deus, um mundo sem espiritualidade, um mundo materialista em que Deus é abolido.
Então, como é que Jesus vai ser esquerdista se Jesus é o Filho de Deus?
É absurdo.
Além disso, nós temos um outro motivo.
Nós sabemos que, na média, os judeus têm um nível de sucesso maior do que o resto da sociedade.
E, automaticamente, esse grupo vira alvo da velha visão esquerdista de que se alguém tem sucesso, só pode ser através da exploração dos outros.
Então, esse grupo deve ser eliminado.
Isso está por trás de toda a destruição que nós vimos nos países, nas regiões em que essa mentalidade prevaleceu.
Na União Soviética, na China, Vietnã, Camboja, Cuba, aqui na América Latina, Venezuela.
Então, tem uma série de motivos pelos quais a esquerda odeia Israel e odeia os judeus.
O que realmente surpreende é observar um percentual significativo de judeus alinhados à esquerda, operando contra o seu próprio povo e contra si mesmo”, finaliza.

Por sua vez, o Brasil, tomando uma postura antiocidental, atenta contra si próprio, pois faz parte do ocidente tanto geográfica, econômica e geopoliticamente.


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