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Racha no Governo: Disputa por dividendos na Petrobras eleva tensões ministeriais

A divisão no governo também ressalta a disputa por espaço entre Jean Paul Prates e Alexandre Silveira

A disputa pelo pagamento dos dividendos retidos na Petrobras, no valor de R$ 43,9 bilhões, expôs uma racha no governo, com ministros tomando posições divergentes sobre o assunto. Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Silveira (Minas e Energia) concordaram em acertar o pagamento desses dividendos, previamente retidos em março pelo conselho de administração da empresa.

O impasse entre os ministros reflete-se na divergência de opiniões sobre a distribuição dos recursos. Silveira e Costa posicionaram-se contra a distribuição, enquanto Jean Paul Prates (presidente da Petrobras) expressou o desejo de ter distribuído pelo menos 50% do valor, sendo voto vencido nessa decisão.

A competência para aprovar a destinação do resultado e o pagamento dos dividendos cabe à assembleia geral de acionistas da Petrobras, agendada para o dia 25 de abril. A empresa emitiu uma nota afirmando que não há nova decisão sobre os dividendos, reiterando que o conselho de administração havia proposto que o montante fosse destinado integralmente à reserva de remuneração do capital.

A equipe econômica do governo manifestou interesse em que os dividendos sejam pagos rapidamente, considerando que a União é a maior acionista da estatal. Esse pagamento reforçaria o caixa do Tesouro, contribuindo para o cumprimento da meta de déficit zero e para o financiamento de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

A divisão no governo também ressalta a disputa por espaço entre Jean Paul Prates e Alexandre Silveira, que já vinham discordando publicamente antes mesmo de assumirem seus cargos atuais. A crise sobre os dividendos teve impactos diretos no valor de mercado da Petrobras, demonstrando a sensibilidade dos mercados às decisões internas da empresa.

A próxima assembleia de acionistas será crucial para determinar o desfecho desse embate e o futuro da distribuição dos dividendos da Petrobras, em meio ao cenário de incertezas políticas e econômicas que permeiam o governo.


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