Sérgio Moro está prestes a ser absolvido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), com o placar atual em 3 a 1 a seu favor. Na última sessão realizada nesta segunda-feira (8/4), dois novos desembargadores, Claudia Cristofani e Guilherme Frederico Hernandes Denz, seguiram o voto do relator Luciano Carrasco Falavinha pela absolvição do senador.
As acusações contra Moro, apresentadas pelo PT e pelo PL, incluem abuso de poder econômico, uso indevido dos meios de comunicação e caixa dois durante a campanha de 2022. Os partidos alegam que Moro se beneficiou ao fazer pré-campanha para a Presidência da República, o que permitiria maior financiamento para sua campanha ao Senado.
No entanto, os desembargadores que votaram pela absolvição destacaram que não há evidências claras de que os gastos extras durante a pré-campanha tenham desequilibrado o processo eleitoral de forma decisiva a favor de Moro. Claudia Cristofani argumentou que não é possível afirmar objetivamente que Moro venceu nas urnas apenas por causa dos recursos adicionais gastos na pré-campanha.
Guilherme Frederico Hernandes Denz também concordou que, embora tenha havido gastos extras na pré-campanha, não foi comprovado que esses gastos tenham ultrapassado um limite razoável que configurasse abuso de poder econômico.
Na última sessão, o desembargador José Rodrigo Sade foi o único a votar pela cassação e inelegibilidade de Moro. No entanto, a expectativa é que o senador seja absolvido quando os outros três desembargadores restantes emitirem seus votos. Para a decisão final, Moro precisará de pelo menos quatro votos a seu favor.
O desembargador Julio Jacob Junior pediu vista do processo e espera-se que o julgamento seja concluído nesta terça-feira (9/4), quando os votos restantes serão apresentados. Apesar da provável absolvição no Tribunal Regional, a acusação tem a opção de apresentar recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).