Após oito meses de impasses nas negociações salariais e de carreira com o governo Lula, o Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) anunciou uma greve nacional por tempo indeterminado, com início marcado para quarta-feira (3). A decisão surge em meio à frustração das conversas, onde o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), representado pelo secretário José Lopez Feijóo, reiterou a proposta de reajuste zero para 2024.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), na última reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente, as entidades sindicais expressaram profunda insatisfação com a postura governamental. O comunicado do Andes-SN destaca que a proposta de congelamento salarial é inaceitável e desrespeitosa.
O calendário de mobilizações foi intensificado em resposta às recusas do governo, incluindo protestos e paralisações em todo o país no dia 3 de abril. Além disso, está agendado para 15 de abril o início da greve nas universidades federais, institutos e centros federais, conforme decisão do setor das Instituições Federais de Ensino (Ife) do Andes-SN.
A responsabilidade pela precarização das condições de trabalho dos docentes é atribuída ao governo Lula pelos sindicalistas, que planejam uma audiência pública na Câmara dos Deputados em 16 de abril para discutir suas reivindicações. No dia seguinte, uma marcha em Brasília será realizada em busca de recomposição salarial, seguida por atos específicos para cada categoria em 18 de abril.