O custo da viagem entre Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, e Uberaba, no Triângulo Mineiro, pode ultrapassar R$ 55 devido aos novos valores de pedágio definidos pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). As regras para a concessão do trecho da BR-262, conhecido como Rota do Zebu, foram estabelecidas no leilão realizado nesta quinta-feira (31 de outubro), no qual a empresa Rotas do Brasil venceu a disputa.
De acordo com o contrato da concessão, o trecho contará com seis praças de pedágio ao longo do percurso, das quais quatro já estão em operação e duas novas serão construídas nas cidades de Nova Serrana e Araxá. Atualmente, o custo do pedágio para o trecho total é de R$ 30,40. Com as novas tarifas, os motoristas pagarão um valor total de R$ 55,49 após a construção das novas praças de pedágio.
Enquanto as novas praças não entram em operação, o valor cobrado será de R$ 38,39, representando um aumento de 26,28% sobre a tarifa vigente. Após a implementação completa, o valor do pedágio entre Betim e Uberaba terá um acréscimo total de 82,53%. A praça de pedágio em Luz, no Centro-Oeste mineiro, será a que aplicará a tarifa mais alta do percurso.
No leilão da concessão da BR-262, a disputa foi pautada pela redução do valor do pedágio em relação ao estipulado no edital. A Rotas do Brasil venceu após oferecer um desconto final de 15,30% sobre o valor inicial de R$ 65,54, chegando ao montante de R$ 55,49. A proposta final superou a do banco BTG, que havia oferecido um desconto de 8%.
Segundo a ANTT, o contrato inclui benefícios para usuários frequentes, como descontos progressivos para quem passa pela mesma praça mais de uma vez por mês no mesmo sentido, além de reduções para veículos com pagamento automático via TAGs.
Investimentos na Rota do Zebu
A Rota do Zebu, estratégica para a exportação de produtos pecuários no Brasil, é uma das concessões relicitadas em 2024. O novo contrato de 30 anos prevê investimentos de R$ 8,54 bilhões, divididos entre R$ 4,39 bilhões em obras e R$ 4,14 bilhões em manutenção e operação. Entre as exigências do edital para a Rotas do Brasil estão a duplicação de 44,3 quilômetros do trecho, a construção de 169 quilômetros de faixas adicionais e 3,6 quilômetros de vias marginais, além de um Ponto de Parada e Descanso (PPD), 17 passarelas, 100 pontos de ônibus e três passagens para fauna.
A Rotas do Brasil é uma parceria entre o fundo de investimento Kinea, que entra pela primeira vez no setor de concessões, e o Grupo Way Brasil, especializado em infraestrutura de rodovias.
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