Em Belo Horizonte, os custos com alimentação registraram uma alta de 0,41% em março, segundo dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead/UFMG). Apesar desse aumento, foi observada uma desaceleração em relação ao aumento registrado em fevereiro, que foi de 0,61%. A queda nos preços da batata inglesa, com uma redução significativa de 17%, teve um papel importante em segurar a inflação.
Renato Mogiz Silva, economista e superintendente geral da Fundação Ipead/UFMG, destacou que, de modo geral, os alimentos subiram de preço em março, mas a queda nos preços da batata foi o fator mais significativo que freou o ritmo de aumento, tanto na alimentação quanto no índice geral de inflação. Ele também mencionou que essa queda contribuiu para a redução dos custos da cesta básica em relação a fevereiro.
No entanto, o custo de vida na capital, medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), aumentou 0,52% em março, um aumento considerável em comparação com o registrado em fevereiro (0,24%). A inflação percebida pelas famílias com renda de 1 a 5 salários mínimos, captada pelo Índice de Preços ao Consumidor Restrito (IPCR), teve uma alta de 0,18% em março, uma desaceleração em relação ao mês anterior (0,25%).
Além dos alimentos, outros itens que contribuíram para o aumento da inflação em Belo Horizonte foram os custos de condomínio, aluguel residencial e automóveis novos.
No geral, o IPCA acumula um aumento de 2,90% neste ano em Belo Horizonte. Já o IPCR, que considera as despesas das famílias com renda de até 5 salários mínimos, acumula um crescimento de 2,85% no ano e um aumento nos últimos doze meses de 6,53%.
Esses dados indicam uma situação complexa na economia da capital mineira, com variações nos custos que impactam diretamente a vida das famílias, especialmente aquelas com renda mais baixa.