Após enfrentar dois episódios recentes de demissões em massa, a John Deere, renomada empresa norte-americana do setor agrícola, anunciou a suspensão temporária da produção de máquinas agrícolas em sua fábrica localizada em Horizontina, no noroeste do Rio Grande do Sul. A medida, que terá duração de dois meses, visa reestruturar a operação da unidade e evitar novas demissões.
De acordo com Jorge Luís Ramos, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Horizontina e Região, as negociações estão avançadas para a implementação de um lay off, que prevê a suspensão dos contratos de trabalho dos funcionários durante o período de paralisação da produção.
“Estamos próximos de um acordo que evitaria a demissão de 300 funcionários, mas ainda é necessário submetê-lo à aprovação em assembleia”, afirmou Ramos. A unidade da John Deere em Horizontina atualmente emprega cerca de 1,7 mil pessoas.
Em comunicado oficial, a John Deere confirmou as negociações com o sindicato, sem entrar em detalhes sobre os termos da suspensão da produção e dos contratos de trabalho. A empresa ressaltou que está buscando uma “solução mais adequada para ajustar a taxa diária de produção em sua fábrica”.
A suspensão temporária das atividades na fábrica de Horizontina reflete os desafios enfrentados pelo setor agrícola e industrial, destacando a importância do diálogo entre empresas e sindicatos para encontrar soluções que protejam os empregos e garantam a sustentabilidade das operações.