O panorama educacional do Brasil revela que apenas uma parcela mínima de instituições de ensino superior do país alcançou a nota máxima em 2022, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Apenas 54 instituições, dentre um total de 4.998 avaliadas, atingiram essa marca, representando meros 2,7% do total.
O Índice Geral de Cursos (IGC), responsável por essa avaliação, considera a média das notas do CPC (Cursos de Graduação) e dos conceitos CAPES dos cursos de programas referentes às pós-graduações stricto sensu, ponderadas pelo número de matrículas de cada curso. Na escala de 1 a 5, em que as faixas 4 e 5 são consideradas de qualidade superior, a maioria das instituições se posiciona na faixa 3, o mínimo esperado.
Analisando por segmento, as instituições federais se destacaram, com 85% delas alcançando IGC 4 ou 5. Em contrapartida, nas instituições privadas com fins lucrativos, apenas 21% atingiram essa faixa. O desempenho das instituições estaduais também apresentou melhoria, com 41% delas obtendo IGC 4 ou 5 em 2022.
Ulysses Teixeira, diretor de Avaliação da Educação Superior do Inep, destacou a relevância da pós-graduação na performance das instituições, observando que nenhuma instituição com pós-graduação ficou na faixa 1. Os dados também apontaram diferenças entre cursos presenciais e a distância, com uma maior concentração de cursos presenciais alcançando notas mais altas.