O Atlético Mineiro enfrenta um julgamento crucial diante do Tribunal de Justiça Desportiva de Minas Gerais (TJD-MG) nesta quinta-feira (14), com a possibilidade de ser excluído do Campeonato Mineiro em decorrência de incidentes de homofobia ocorridos durante o clássico contra o Cruzeiro, em 3 de fevereiro, na Arena MRV.
Durante a partida contra seu arquirrival, uma parcela da torcida do Galo, que era a única presente no estádio, entoou cantos de cunho homofóbico direcionados ao goleiro Rafael Cabral, utilizando a palavra “bicha” sempre que o jogador adversário tocava na bola. Esta atitude resultou em uma denúncia por parte de Felipe Bartolomeo Moreira, procurador do TJD, com base no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que aborda condutas discriminatórias relacionadas a preconceitos de diversas naturezas.
As possíveis sanções para o clube incluem multas financeiras que variam de R$ 100 a R$ 100 mil, perda de pontos na competição e até mesmo a exclusão do Campeonato Mineiro. O procurador propõe a exclusão como a punição mais apropriada, considerando a gravidade do caso. Em alternativa, caso a exclusão não seja aplicada, a perda do mando de campo é solicitada como medida punitiva.
Vale ressaltar que o julgamento foi inicialmente marcado para 27 de fevereiro, porém foi adiado devido à apresentação tardia, por parte do Atlético, das provas documentais e em vídeo relacionadas ao caso. Esta demora impediu uma análise prévia por parte dos auditores do TJD.
Além da denúncia de homofobia, o Atlético também enfrenta acusações relacionadas ao arremesso de copos e objetos no campo por parte de seus torcedores durante o clássico, assim como a invasão de campo e a ausência de serviços de emergência, como ambulâncias, médicos e enfermeiros, na Arena MRV durante o evento esportivo. Estes incidentes adicionais também serão objeto de julgamento pelo TJD-MG.
