Nesta segunda-feira (21), começou em Londres o aguardado julgamento da mineradora BHP, antiga sócia da Vale na empresa Samarco, responsável pela Barragem de Fundão, que se rompeu em 2015. O desastre deixou 19 mortos e causou danos ambientais em mais de 675 quilômetros do Rio Doce, afetando centenas de cidades e estados como Espírito Santo e Bahia.
Representando mais de 600 mil pessoas e dezenas de municípios, o escritório de advocacia Pogust GoodHead busca uma indenização que pode chegar a R$ 230 bilhões. A Vale, que fez um acordo com a multinacional BHP, saiu do processo internacional, mas ainda dividirá as possíveis indenizações em caso de condenação.
Durante o julgamento, que vai até março de 2025, serão ouvidas testemunhas e especialistas sobre o nível de controle da BHP sobre a Samarco e os procedimentos de segurança da barragem antes e depois do colapso. O processo inclui debates sobre a legitimidade de municípios brasileiros litigareem no exterior.
A BHP, em nota, considerou a ação no Reino Unido desnecessária, alegando que atrapalha o andamento da reparação no Brasil, e refutou as alegações de controle direto sobre a Samarco.
A sentença está prevista para ser anunciada em março de 2025.
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