O Ministério Público Federal (MPF) em Minas Gerais ajuizou uma ação civil pública contra os Correios, acusando a estatal de declarar tentativas de entrega que, na realidade, nunca ocorreram. A investigação partiu de queixas de clientes que relataram dificuldades e frustração ao lidarem com pacotes supostamente entregues ou com tentativas documentadas, mas que nunca saíram das instalações dos Correios.
De acordo com a apuração, os Correios teriam registrado até três “tentativas fantasmas” de entrega em diferentes localidades, gerando prejuízos e obrigando clientes a buscar pessoalmente suas encomendas em agências da empresa. Essa prática, caso confirmada, violaria os direitos do consumidor, além de causar transtornos e custos adicionais para aqueles que aguardam as encomendas.
O MPF destaca a ausência de tecnologias de rastreamento em tempo real e ferramentas de monitoramento das entregas realizadas pelos Correios, recurso amplamente utilizado por transportadoras privadas para comprovar a efetividade das tentativas de entrega. A implementação de sistemas que confirmem a presença dos carteiros nos endereços poderia mitigar queixas e assegurar a transparência nas entregas.
A ação do MPF busca não apenas responsabilizar a estatal, mas também garantir uma indenização por danos morais e sociais coletivos no valor de R$ 5 milhões, que se destina a reparar o impacto dessa prática junto aos consumidores afetados. Segundo o jornal O TEMPO, o MPF argumenta que a empresa deve implementar melhorias para assegurar a precisão das entregas e prevenir a repetição dos problemas.
Até o momento, os Correios não se pronunciaram sobre o caso. Caso a ação seja julgada procedente, a estatal poderá ser forçada a adotar novas medidas de controle e monitoramento para garantir que as tentativas de entrega sejam efetivamente realizadas e documentadas com precisão, visando à recuperação da confiança dos consumidores.
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