Aglomerações no carnaval e baixa vacinação levam a alerta para coqueluche em Belo Horizonte

fevereiro 18, 2025

Belo Horizonte registrou 23 casos confirmados de coqueluche no início de 2025, superando os números do ano anterior, quando apenas um caso havia sido confirmado. A doença, que já foi um problema grave no Brasil, acende um alerta entre as autoridades de saúde, principalmente com a proximidade do Carnaval e a aglomeração de pessoas, incluindo turistas.

A vacinação continua sendo a principal medida para controlar a doença, com destaque para o esquema de vacinação para crianças com até 4 anos. A cobertura vacinal em Belo Horizonte está abaixo da meta ideal de 95%, com 82,7% para menores de 1 ano e 81,6% para crianças com 1 ano completo. A baixa cobertura vacinal é um dos fatores que contribuem para o aumento dos casos de coqueluche.

A capital mineira, atendendo à recomendação do Ministério da Saúde, ampliou a aplicação da vacina para profissionais da saúde e trabalhadores de berçários e creches com crianças de até 4 anos, o que já resultou em cerca de 19 mil doses aplicadas desde junho de 2024.

Com o Carnaval se aproximando, as autoridades de saúde estão alertando para o risco de aumento de casos devido à movimentação e aglomeração de pessoas. A orientação é para que aqueles com sintomas respiratórios busquem atendimento médico, evitem contato com outras pessoas, usem máscara e, em caso de diagnóstico positivo para coqueluche, adotem medidas de isolamento.

A coqueluche, causada pela bactéria Bordetella pertussis, é uma infecção respiratória altamente contagiosa, com sintomas característicos como crises de tosse seca e guincho inspiratório. Crianças menores são as mais vulneráveis, com risco de internação devido à gravidade dos sintomas. O tratamento é feito com antibióticos, e é fundamental procurar um médico assim que os sintomas apareçam.