Durante um evento empresarial em Porto Alegre, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), fez uma declaração contundente sobre a situação da liberdade de expressão no Brasil, descrevendo-a como “tolhida”. Sua afirmação veio como resposta a perguntas sobre seu depoimento à Polícia Federal (PF) em abril do ano passado, após comentários relacionados aos atos terroristas de 8 de janeiro de 2023.
Zema destacou que seu chamado para depor foi resultado de expressar preocupações sobre a segurança durante os incidentes de 8 de janeiro, nos quais prédios governamentais foram alvo de ataques. Ele observou que expressar opiniões e levantar questionamentos agora parece resultar em investigações, sugerindo uma crescente restrição à liberdade de expressão no país.
O governador expressou sua preocupação com a possível erosão do direito à livre expressão e apelou para a sociedade civil e o parlamento para proteger esse direito fundamental.
Em suas palavras, Zema criticou ações que visam silenciar a mídia e indivíduos nas redes sociais, referindo-se indiretamente às investigações abertas pelo Ministério Público Federal sobre disseminação de notícias falsas e incitação a atos golpistas. Ele também participou de um evento em defesa da liberdade de expressão convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
Além disso, Zema enfatizou a importância de leis que protejam contra difamação e calúnia, mas alertou contra a tentativa de controlar o que as pessoas podem ou não expressar, chamando tal movimento de “muito grave”.
Em outra frente, o governador destacou os esforços de Minas Gerais para simplificar os procedimentos burocráticos para empresas, buscando aliviar o peso enfrentado pelo empresariado brasileiro. Ele ressaltou a importância da Reforma Tributária para trazer mais segurança jurídica e simplificação aos negócios.
Zema encerrou sua visita a Porto Alegre após reuniões com o governador local e está programado para se encontrar com o ministro da Fazenda em Brasília para discutir a renegociação das dívidas estaduais.