A Justiça Federal em Belo Horizonte aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) e tornou réus três homens suspeitos de lavagem de dinheiro e contrabando com o objetivo de financiar o grupo extremista Hezbollah, do Líbano. A decisão foi tomada na semana passada, e os réus são um brasileiro, um libanês naturalizado brasileiro e um libanês residente no Brasil.
Os acusados foram alvo da segunda fase da Operação Trapiche, conduzida pela Polícia Federal em agosto deste ano, que investigou um esquema de contrabando e financiamento ao terrorismo em diversas localidades, incluindo Belo Horizonte, Contagem, Nova Lima, Uberlândia, São Paulo e Brasília. Mohamad Khir Abdulmajid, conhecido como “Habibi”, é apontado como o líder do esquema, sendo procurado internacionalmente e supostamente fugitivo no Líbano.
De acordo com a denúncia, Habibi era proprietário de duas tabacarias em Belo Horizonte, onde realizava contrabando de produtos proibidos, como cigarros eletrônicos. Ele é acusado de criar um complexo esquema de lavagem de dinheiro, utilizando empresas de fachada para ocultar a origem dos recursos obtidos ilegalmente.
Outros dois réus, Hussein Abdallah Kourani e Dante Felipini, são implicados na operação. Kourani é suspeito de ajudar Habibi a disfarçar as operações financeiras, enquanto Felipini é acusado de ocultar a origem dos recursos, enfrentando acusações de lavagem de dinheiro e organização criminosa.
As audiências para depoimentos das testemunhas e interrogatórios dos réus estão agendadas para o final de novembro. A defesa do brasileiro detido em Guarulhos, que é um dos réus, pediu liberdade provisória, e a Justiça está analisando o pedido. A operação revelou que brasileiros estariam sendo recrutados para a organização terrorista e que alguns deles viajaram ao Líbano para serem entrevistados e selecionados para atos terroristas no Brasil.
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