Na manhã da última quarta-feira (2), a Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram a Operação Água Suja, com o objetivo de desmantelar um grupo criminoso envolvido na extração ilegal de minério de ferro na região do Quadrilátero Ferrífero, entre os municípios de Itabirito e Nova Lima, em Minas Gerais. A ação também teve como alvos crimes ambientais, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
O esquema
De acordo com as investigações, a organização operava de forma estruturada, utilizando “olheiros” e até pessoas armadas para proteger as áreas clandestinas de extração. Além de não possuir autorização legal para explorar o minério, o grupo causava sérios danos a áreas de preservação ambiental, violando normas federais.
O que foi apreendido?
Durante a operação, foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão em 10 cidades mineiras, resultando em:
- 23 veículos apreendidos, incluindo modelos de luxo como uma Land Rover branca e um Chevrolet Camaro conversível preto;
- Celulares e joias de alto valor;
- Suspensão das atividades de quatro empresas de beneficiamento de minério envolvidas no esquema.
Impacto da operação
A Operação Água Suja é considerada um dos maiores golpes contra a mineração ilegal no estado nos últimos anos. A Polícia Federal destacou que a ação representa um passo importante no enfrentamento ao crime organizado, especialmente nas áreas de crimes ambientais, financeiros e econômicos.
Além das apreensões e suspensões, os envolvidos podem responder por diversos crimes, como extração ilegal de recursos minerais, lavagem de dinheiro, formação de organização criminosa, e crimes ambientais, com penas que, somadas, podem ultrapassar 20 anos de prisão.
A operação continua em andamento e novas fases podem ser deflagradas, à medida que o inquérito avança.
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