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Morte de entregador de pão na Grande BH envolve ‘trama macabra’, diz delegado

A morte brutal de um entregador de pães na cidade de Ribeirão das Neves, na Grande Belo Horizonte, ganha contornos ainda mais sombrios com a revelação de uma “trama macabra” envolvendo um casal suspeito de ordenar a execução do homem. O crime chocou a comunidade local e agora, após intensas investigações, a Polícia Civil indiciou o casal como responsável pelo homicídio.

José Caetano da Silva, de 54 anos, foi brutalmente assassinado a tiros no bairro Vera Lúcia, em julho de 2023. As suspeitas recaíram rapidamente sobre o sobrinho da vítima, apontado como o mandante do crime. O motivo? Uma série de desavenças familiares, incluindo a venda de uma rota de entregas de pães para o sobrinho, em 2011, que teria resultado em um atrito devido ao não pagamento do valor acordado.

O conflito se intensificou quando José se opôs à construção de uma laje no imóvel da família, que acabou sendo vendida para o sobrinho do entregador. Revoltado com a situação, José teria se tornado alvo de um plano meticulosamente arquitetado pelo casal, que incluía até mesmo a obtenção da cidadania italiana para garantir uma fuga após o crime.

“Estamos diante de uma trama bastante elaborada, que remonta a anos de desentendimentos familiares e conflitos”, afirmou o delegado Marcus Vinicius Rios em coletiva de imprensa. O crime foi cuidadosamente planejado, com o casal agindo de forma premeditada, até mesmo combinando que a execução de José só ocorreria após a obtenção da cidadania italiana.

A postura arrogante e de deboche do suposto mandante durante o interrogatório chamou a atenção das autoridades, que também descobriram que um primo da esposa do suspeito, já envolvido em atividades criminosas, faltou ao trabalho no dia do crime. Além disso, uma testemunha relatou ter ouvido conversas suspeitas entre o casal e o suposto executor do homicídio.

O executor do crime, identificado como Rodrigo de Paula Teodoro, de 21 anos, está sob custódia policial e já foi denunciado. No entanto, o casal apontado como mandante, Edson e Fernanda Brumasse, permanecem foragidos, com a Polícia Civil conseguindo a suspensão de seus passaportes. O caso continua a chocar a população e reforça a necessidade de investigações minuciosas para a busca por justiça.

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