O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) aceitou a denúncia do Ministério Público contra Carlos Fabel, ex-diretor financeiro do Atlético Mineiro, por apropriação indébita. Fabel, que ocupou a posição de destaque na administração do clube durante a gestão de Alexandre Kalil e também em outras gestões, é acusado de ter se apropriado indevidamente de cerca de R$ 4 milhões. A Justiça determinou que o ex-diretor tem 10 dias para apresentar sua defesa após ser citado.
A denúncia foi baseada em uma investigação de dois anos conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e pela Promotoria Criminal de Belo Horizonte. O MP analisou auditorias financeiras realizadas pelo próprio Atlético e apontou práticas suspeitas no período em que Fabel esteve à frente das finanças do clube, entre 2009 e 2018.
Os promotores destacaram um aumento considerável nos vencimentos de Fabel, que, em 2013 e 2014, durante o auge de sua atuação no clube, teria recebido valores muito superiores ao que estava estipulado em seu contrato. Além disso, o ex-diretor utilizou várias razões sociais para receber os pagamentos, o que aumentou as suspeitas de práticas ilícitas.
O crime de apropriação indébita, conforme descrito no artigo 168 do Código Penal, ocorre quando uma pessoa se apropria de algo que possui, mas que pertence a outrem, agindo de forma ilícita. Se condenado, Fabel pode enfrentar penas de reclusão de um a quatro anos, além de multa. O caso ainda pode envolver outras acusações, como lavagem de dinheiro e organização criminosa, dependendo dos desdobramentos das investigações.
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