Em um discurso transmitido do Catar no dia 15 de janeiro, Khalil al-Hayya, um dos líderes do Hamas, classificou o ataque de 7 de outubro contra Israel como uma “grande conquista” e sugeriu que ofensivas semelhantes poderão ocorrer no futuro. O ataque, considerado o mais letal contra judeus desde o Holocausto, resultou na morte de 1.200 pessoas e no sequestro de cerca de 250 reféns.
Al-Hayya exaltou o massacre como uma “conquista militar” e declarou que ele será lembrado como “um motivo de orgulho para as próximas gerações palestinas”.
Cessar-fogo não altera a agenda do Hamas
Apesar do recente cessar-fogo, o líder do Hamas reafirmou que a destruição de Israel continua sendo a principal meta do grupo. Segundo ele, a organização mantém sua “bússola” voltada para a tomada de Jerusalém e acusou Israel de cometer um “genocídio” em Gaza, afirmando que esses supostos “crimes” não serão esquecidos.
Durante o discurso, Al-Hayya também exaltou o apoio de aliados como o Hezbollah e os Houthis, que vêm realizando ataques contra alvos israelenses.
Troca de prisioneiros gera receio de novos ataques
A recente troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos levantou preocupações entre autoridades e analistas de segurança. O jornalista tunisiano Murad Alalah, em um programa da TV oficial da Autoridade Palestina, afirmou que o sucesso desse processo pode incentivar futuras ofensivas. “Assim como no passado, este povo e sua resistência farão esforços semelhantes novamente”, declarou.
A ONG Palestinian Media Watch, que monitora a mídia palestina, destacou que declarações como essa indicam que o Hamas pode planejar novos sequestros e ataques de grande escala, semelhantes ao de outubro.
Israel adia aprovação do cessar-fogo
Embora os Estados Unidos tenham confirmado um cronograma para a implementação do cessar-fogo, Israel ainda não formalizou sua adesão ao acordo. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que o governo israelense só tomará uma decisão definitiva quando o Hamas aceitar todas as condições estabelecidas pelos mediadores.
“Nosso compromisso é com a segurança dos cidadãos israelenses e com o cumprimento dos nossos objetivos estratégicos antes de qualquer aprovação”, declarou Netanyahu.
Crise política interna dificulta decisão de Israel
O jornal The Times of Israel destacou que a demora na aprovação do acordo reflete, em parte, as tensões políticas dentro do governo israelense. Ministros da coalizão, como Bezalel Smotrich (Finanças) e Itamar Ben Gvir (Segurança Nacional), ameaçaram deixar seus cargos caso a guerra termine sem que as metas militares estabelecidas sejam atingidas.
Com o impasse político e o Hamas reafirmando sua agenda de ataques, a situação na região segue tensa e sem perspectiva de estabilidade no curto prazo.
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