A plataforma de vídeos Rumble, em parceria com o Trump Media & Technology Group, ingressou com um pedido de liminar nos Estados Unidos, buscando reverter a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que determinou a suspensão da plataforma no Brasil. A ação foi movida no último sábado (22) e visa contestar as ordens que, segundo as empresas, violam a liberdade de expressão e prejudicam suas operações no país.
A decisão de Moraes, que bloqueou o Rumble no Brasil e impôs uma multa diária de R$ 50 mil, ocorreu em meio a um processo judicial que investiga atividades do blogueiro Allan dos Santos, que mantém um canal na plataforma. Moraes também determinou que o Rumble nomeasse um representante legal no Brasil, alegando que a plataforma estaria criando um ambiente propício para a disseminação de discursos de ódio e permitindo a atuação de grupos extremistas.
No pedido judicial, Rumble e Trump Media argumentam que as ordens de Moraes ferem a Primeira Emenda da Constituição dos EUA, que garante a liberdade de expressão, e alertam para os “danos irreparáveis” caso as determinações sejam cumpridas. As empresas acusam o ministro de contornar as leis e de interferir ilegalmente nas operações da plataforma, alegando que ele agiu sem seguir os canais legais adequados.
Além do bloqueio das contas de Allan dos Santos, Moraes também determinou o corte de repasses financeiros ao influenciador, o que gerou resistência por parte do Rumble. Enquanto outras grandes plataformas, como YouTube, Facebook e Twitter, já cumpriram as ordens do STF, o Rumble optou por recorrer à Justiça dos EUA, intensificando a tensão entre empresas de tecnologia e o Judiciário brasileiro.
A ação gerou repercussão internacional, reacendendo o debate sobre censura, liberdade de expressão e a interferência de governos nas plataformas digitais. A disputa agora se desenrola no tribunal dos Estados Unidos, enquanto o futuro do Rumble no Brasil segue indefinido.
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