Diante da escalada nos preços dos alimentos, muitos brasileiros estão recorrendo a táticas da época da hiperinflação para manter o orçamento doméstico equilibrado. Essa adaptação reflete a experiência adquirida em crises anteriores e o fácil acesso à informação, permitindo uma abordagem mais racional e diversificada nas compras.
Estratégias adotadas pelos consumidores:
- Diversificação de pontos de compra: Cerca de 37% das famílias passaram a dividir suas compras entre supermercados, hipermercados, atacarejos, farmácias e perfumarias, um aumento de 3,3 pontos percentuais em relação a 2023.
- Compra em atacarejos: Estabelecimentos que vendem produtos em maior quantidade e a preços reduzidos têm ganhado popularidade. Em dezembro de 2024, 87,8% das notas fiscais emitidas nesses locais incluíam itens alimentícios, um aumento em relação aos 83,1% de janeiro do mesmo ano.
- Escolha de marcas e embalagens: Os consumidores equilibram suas compras entre marcas premium e acessíveis, além de optar por embalagens maiores ou menores conforme o custo-benefício.
Impacto no orçamento familiar:
Apesar dos esforços para economizar, o custo da alimentação no domicílio continua a subir. Em janeiro de 2025, a alta foi de 1,07%, após um aumento de 1,17% em dezembro. No acumulado de 12 meses até janeiro, a inflação dos alimentos foi de 7,46%.
Recomendações para os consumidores:
- Pesquisa de preços: Utilizar a internet para comparar preços e identificar as melhores ofertas.
- Compra planejada: Elaborar listas de compras e considerar a aquisição de produtos em maior quantidade quando possível, sempre atento ao prazo de validade.
- Atenção às promoções: Aproveitar ofertas e programas de fidelidade para reduzir os custos.
Essas estratégias visam minimizar o impacto da inflação no orçamento familiar, permitindo que os consumidores mantenham uma alimentação adequada sem comprometer outras necessidades.
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