O deputado federal André Janones (Avante-MG) firmou um acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR) para encerrar a investigação sobre suspeitas de rachadinha em seu gabinete. O deputado se comprometeu a devolver R$ 131,5 mil à Câmara dos Deputados e pagar uma multa de R$ 26,3 mil, equivalente a 20% do valor desviado.
No Acordo de Não Persecução Penal (ANPP), Janones reconheceu que, em 2019, devido à situação financeira delicada — com o nome negativado no SPC e Serasa —, pediu um cartão de crédito ao assessor parlamentar Mário Celestino da Silva Junior, que custeou despesas pessoais do deputado durante os anos de 2019 e 2020. O valor do cartão não foi quitado por Janones, o que gerou o montante que agora será devolvido.
A investigação da Polícia Federal (PF), que foi finalizada em setembro de 2024, indicou Janones pelos crimes de corrupção, associação criminosa e peculato. A PF baseou-se em uma variação patrimonial suspeita de Janones e no uso dos cartões de crédito de seu assessor para pagar despesas pessoais. Através da quebra de sigilo fiscal e outros documentos, os investigadores confirmaram o esquema de rachadinha iniciado no início do mandato do deputado, em 2019.
Janones também foi alvo de suspeitas de corrupção depois que áudios vazados revelaram pedidos de doações de assessores para cobrir gastos de sua campanha. Embora os assessores negassem a devolução de salários e alegassem que as gravações estavam fora de contexto, a PF apontou “inconsistências” e “contradições” em seus depoimentos.
Com a assinatura do acordo, a PGR decidiu não apresentar denúncia formal contra o deputado, encerrando as investigações sobre o caso.
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