Forças Armadas mantêm mais de 160 militares presos em instalações militares

fevereiro 24, 2025

Mais de 160 militares estão atualmente detidos nas Forças Armadas brasileiras, conforme dados divulgados pelo portal Metrópoles. As detenções incluem soldados, praças, capitães e tenentes, com idades variando entre 19 e 72 anos. A maioria dos detidos pertence ao Exército, com 127 militares, seguido pela Marinha (27) e Aeronáutica (8).

As prisões estão diretamente ligadas às investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado, envolvendo altos oficiais das Forças Armadas. Um dos nomes mais proeminentes entre os investigados é o general da reserva Walter Braga Netto, que está sendo acusado de obstruir as investigações. Ele foi detido na 1ª Divisão do Exército, no Rio de Janeiro, e, junto a ele, outros 23 militares foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

A maior parte dos militares detidos são praças — soldados, cabos e sargentos —, que estão mais expostos a operações cotidianas e, portanto, mais suscetíveis a transgressões, conforme explicou a advogada e pesquisadora Débora Nachmanowicz de Lima. Além disso, 15 oficiais de alta patente também fazem parte do grupo de detidos.

As prisões podem ocorrer por diferentes razões, incluindo prisões preventivas, definitivas ou disciplinares. A prisão disciplinar, que é mais comum, não equivale a uma condenação criminal, mas sim a uma medida para lidar com transgressões das normas internas das Forças Armadas.

A situação dos detidos segue sendo monitorada pelas autoridades, com o contexto das investigações e a pressão sobre as Forças Armadas intensificando a atenção sobre o caso.