Uma megaoperação realizada ontem em dezesseis ferros-velhos de três regiões de Belo Horizonte visava combater o comércio ilegal de fios de cobre. Como resultado, nove autuações foram emitidas, duas delas por falta de documentação que comprovasse a origem dos materiais. A ação teve como objetivo principal coibir a receptação de cabos roubados na capital, e continuará em outros pontos de venda.
As atividades para localizar cabos de telefonia e semáforos foram conduzidas nas regionais Pampulha, Noroeste e Nordeste, contando com a participação do Centro de Operações Integradas (COP) da prefeitura, além de agentes da Guarda Municipal e das polícias Militar e Civil. Em um dos locais, foram realizadas apreensões de drogas e resgatado um cachorro com sinais de maus-tratos.
Durante as vistorias, os responsáveis foram solicitados a apresentar o alvará de funcionamento e o Livro de Registro de Origem, no qual deve constar a data e o nome do fornecedor dos produtos. A gerente de Operações Integradas e Eventos do COP BH e coordenadora da operação, Sheila Venâncio Pereira, ressaltou que o objetivo do trabalho é prevenir e reprimir o furto de fios de cobre utilizados em diversos equipamentos urbanos.
Os estabelecimentos que realizam o comércio irregular de fiação estão sujeitos a multas de R$ 1.014,69, dobrando em caso de reincidência. Além disso, em caso de terceira infração, o alvará pode ser cassado e o estabelecimento interditado.
Desde a entrada em vigor de um decreto que endureceu as regras de combate ao crime em março de 2023, foram realizadas 382 vistorias, resultando em 354 autuações, 90 multas e oito interdições na cidade.
O roubo de cabos causa interrupções no fornecimento de energia, comprometimento dos sinais de trânsito e inoperância das redes de telefonia e internet, além de prejuízos financeiros e dificuldades de acesso a serviços públicos para a população.