Na última reunião plenária de abril, realizada nesta sexta-feira (12/4), foram feitos pronunciamentos enfáticos sobre a política habitacional e o uso do solo em Belo Horizonte, especialmente em relação à construção de moradias populares em áreas verdes no Bairro Castelo, na região da Pampulha.
O debate foi motivado por críticas à falta de diálogo prévio com o Legislativo e a população sobre a implantação de moradias populares em uma área verde de propriedade do Município. Parlamentares expressaram preocupação com a preservação de espaços livres na cidade, enfatizando a importância dessas áreas para “oxigenar” a cidade e promover a integração das pessoas.
Sérgio Fernando Pinho Tavares (MDB) expressou sua preocupação com a escolha do local para construção de moradias populares, destacando o adensamento já existente na área e o caos no trânsito nos horários de pico. Ele defendeu o uso de prédios desocupados como uma solução mais rápida e econômica para enfrentar o déficit habitacional.
Gabriel Sousa Marques Azevedo (MDB), presidente do Legislativo, criticou a condução da questão pelo Executivo, especialmente em relação à ideia de construir conjuntos habitacionais isolados. Ele destacou a importância de áreas verdes para a integração da comunidade e defendeu o uso de imóveis no centro da cidade para habitação social.
Pedro Patrus (PT) alertou para a questão histórica da especulação imobiliária em Belo Horizonte, destacando que o direito à moradia é fundamental. Ele defendeu a necessidade de um debate amplo sobre o tema.
Braulio Lara (Novo) destacou a importância de uma política habitacional séria e responsável, sem demagogia. Ele criticou as alterações no ordenamento urbano que impactam negativamente a circulação viária e os equipamentos públicos.
Os pronunciamentos refletem a preocupação dos parlamentares com a forma como o desenvolvimento urbano está sendo conduzido em Belo Horizonte, enfatizando a necessidade de preservar áreas verdes, utilizar imóveis desocupados e promover um ordenamento responsável da cidade. A discussão sobre política habitacional e uso do solo deve continuar sendo um dos temas centrais de debate na Câmara Municipal.