Nesta sexta-feira (7/3), prefeitos de diversas cidades afetadas pelo rompimento da Barragem de Fundão, em 2015, irão se reunir em Belo Horizonte para explicar os motivos que os levaram a não assinar o Acordo de Reparação proposto pelas mineradoras Vale, Samarco e BHP. O encontro acontecerá no Hotel Bourbon, onde o prefeito de Mariana, Juliano Duarte, cidade núcleo da tragédia, confirmou presença, acompanhado de outros prefeitos da Área Ambiental 1, considerada a mais atingida pela tragédia.
O Acordo de Mariana, que visa compensar as perdas dos municípios afetados pela tragédia que ocorreu em 5 de novembro de 2015, foi visto com ceticismo por diversas administrações locais. O valor proposto pelas mineradoras, embora considerável, não foi considerado suficiente e equitativo para reparar os danos causados nas comunidades. Um dos pontos centrais da discordância foi a distribuição dos recursos: governo federal e estadual ficaram com as maiores fatias, enquanto os municípios afetados, especialmente aqueles da Área 1, sentiram-se negligenciados.
O prazo para as prefeituras decidirem sobre a adesão ao acordo expirou na quinta-feira, 6 de março. Agora, os representantes das prefeituras que optaram por não aceitar as condições impostas pelas mineradoras expõem, à imprensa, os impactos sentidos até os dias atuais e as condições que consideram justas para a reparação dos danos.
De acordo com as administrações municipais, a proposta apresentada pelas mineradoras não atende às necessidades imediatas das comunidades afetadas. A falta de critérios claros na distribuição dos recursos e o longo prazo de 20 anos para o pagamento são pontos críticos apontados pelos prefeitos. Eles afirmam que os prejuízos sofridos pelas populações dos municípios exigem soluções mais urgentes e que a proposta não reflete adequadamente os impactos econômicos e sociais resultantes da tragédia.
Os prefeitos manifestaram a intenção de renegociar os termos do Acordo, buscando uma alternativa que seja mais condizente com os danos causados e que atenda, de maneira mais eficaz, às necessidades de suas comunidades. Para isso, os gestores municipais pedem uma reavaliação dos valores e das condições de pagamento, de modo a permitir uma recuperação mais rápida e justa das áreas afetadas.
A coletiva de imprensa serviu para reforçar o compromisso das prefeituras com a reparação dos danos causados pela tragédia de Mariana, mas também para destacar a importância de um novo pacto que envolva mais equidade, transparência e urgência na aplicação dos recursos. A renegociação continua como prioridade para as administrações que, além de buscar justiça para os cidadãos, desejam garantir que o processo de reparação seja conduzido de forma mais justa e eficaz para todos os afetados.
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