Nesta segunda-feira (18), quatro jovens suspeitos, incluindo uma mulher, enfrentam uma audiência de instrução e julgamento pelo assassinato de Ronam Alves da Cruz, de 27 anos. Um dos supostos autores está sob custódia preventiva na prisão de Lafaiete (MG).
O crime ocorreu em uma sexta-feira, por volta das 11h30, do dia 20 de novembro, na Avenida Telésforo Cândido de Resende, em Lafaiete (MG), quando tiros foram disparados em uma boate, um local frequentado por jovens.
Por um erro na execução, os autores assumiram o risco de produzir a morte das quatro vítimas que ficaram feridas no local, além de estar em meio a milhares de pessoas presentes na festa.
Segundo consta nos autos do Ministério Público, os quatro denunciados estavam envolvidos em disputas relacionadas ao tráfico de drogas com a vítima Ronan, ligadas ao grupo Real de Queluz, liderado por Ramom. O promotor de acusação, Ismael Fernando Villas Boas, destacou que os crimes foram motivados por razões torpes, caracterizadas pelas disputas decorrentes do tráfico de drogas.
O inquérito do MPMG determinou uma indenização de R$100 mil aos familiares de Ronan por danos morais, além de R$50 mil de indenização para as vítimas feridas, sendo dois homens e duas mulheres.
No local do incidente, o proprietário da boate encontrou uma arma calibre 9 milímetros e 12 munições intactas, que foram entregues à Polícia Militar.
Um vídeo que circulou na época mostrou uma grande confusão e pânico entre os frequentadores após o ocorrido. O advogado dos acusados Y.G.G e S.M.S.S, Dr. Rôney Neto, optou por não fazer comentários devido a uma estratégia de defesa. A audiência poderá encaminhar o caso para um julgamento popular.
Outro Incidente Mortal
Antes do assassinato de Ronam na boate, outra morte ocorreu na mesma Avenida. Quinze dias antes, o jornalista Diego Augusto Gomes Barbosa, de 38 anos, especializado em marketing digital, estava em um bar na Avenida Telésforo Resende quando foi atacado repentinamente por um indivíduo que disparou dois tiros contra ele. Socorrido por pessoas presentes no local e pelo Corpo de Bombeiros, Diego chegou sem vida ao Hospital e Maternidade São José. A Polícia Militar agiu rapidamente e prendeu o autor, que posteriormente confessou que estava sob efeito de drogas e confundiu Diego com um desafeto, resultando nos disparos.