Em uma escalada preocupante de tensões, a Ucrânia lançou ataques com drones pelo segundo dia consecutivo contra a Rússia, mirando infraestrutura vital, incluindo refinarias de petróleo e instalações energéticas em várias regiões do país. Estes ataques provocaram uma resposta enérgica do presidente russo, Vladimir Putin, que reiterou a ameaça de utilizar armas nucleares caso a segurança nacional seja comprometida.
Apesar de não haver uma correlação direta entre os ataques e as declarações de Putin, estas últimas adquiriram maior peso diante da situação. Putin afirmou em uma entrevista à imprensa estatal que a Rússia está tecnicamente preparada para um conflito nuclear, ressaltando a gravidade da situação.
Os ataques ucranianos atingiram refinarias cruciais, incluindo a de Ryazan, localizada a cerca de 200 quilômetros de Moscou, operada pela gigante petrolífera Rosneft. Outra refinaria, a Norsi, pertencente à Lukoil, em Nizhny Novgorod, também foi alvo, resultando em danos e incêndios.
A amplitude dos ataques é notável, com drones alcançando cidades importantes como Kirishi, próxima a São Petersburgo, e Oriol, perto da fronteira ucraniana, onde tanques de armazenamento de petróleo foram destruídos.
Segundo relatos do Ministério da Defesa russo, foram interceptados 65 drones em diversas regiões do país. O governador de Voronezh relatou a destruição de mais de 40 aeronaves na região desde o início dos ataques.
Além do impacto imediato nas instalações e na economia, os ataques podem afetar o fornecimento de combustível para veículos militares, destacando a gravidade da situação.
Enquanto isso, Putin, focado nas eleições presidenciais iminentes, buscou transmitir uma imagem de firmeza e poder, afirmando que os ataques visam interferir no processo eleitoral.
Apesar de suas declarações sobre o uso potencial de armas nucleares, Putin sugeriu que os EUA estavam trabalhando para evitar um conflito direto. No entanto, ele ressaltou a prontidão da Rússia para qualquer eventualidade.
Estas tensões representam um ponto crítico em um conflito que já dura dois anos. Putin reiterou sua disposição para o uso de armas nucleares, algo que ele tem mencionado repetidamente desde o início da invasão da Ucrânia.
Enquanto isso, na esfera naval, o Kremlin demitiu o chefe da Marinha russa após uma série de ataques da Ucrânia no Mar Negro, evidenciando a crescente capacidade ucraniana de desafiar o domínio naval russo na região. Esta mudança representa um reflexo das mudanças estratégicas em curso no conflito.
Em meio a essas tensões, resta a esperança de que o diálogo e as negociações possam prevalecer, apesar dos desafios significativos que se apresentam.