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Polícia do Rio identifica 99 dos 121 mortos em megaoperação: maioria tinha ficha criminal e 40 eram de outros estados


A Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou, nesta sexta-feira (31), a identificação de 99 dos 121 mortos na megaoperação realizada nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte da capital fluminense — considerada a ação policial mais letal da história do Estado.

Segundo o secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi, 117 dos mortos eram criminosos, e quatro eram policiais. Entre os identificados, 42 tinham mandados de prisão em aberto, e 78 apresentavam passagens por crimes graves, como homicídio, tráfico de drogas e roubo.


👥 Perfis e origens dos mortos

Durante coletiva de imprensa, Curi revelou que 40 dos suspeitos mortos vieram de outros estados, o que indica a presença interestadual de lideranças do Comando Vermelho (CV) no território carioca.
Foram citados nomes de chefes de facção conhecidos no cenário nacional, como:

  • PP, do Pará
  • Chico Rato e Gringo, de Manaus
  • Mazola, de Feira de Santana (BA)
  • DG e FB, da Bahia
  • Fernando Henrique dos Santos, de Goiás
  • Rodinha, de Goiânia
  • Russo, do Espírito Santo

De acordo com o delegado, os dados mostram que o Rio de Janeiro se tornou um centro de convergência de criminosos de todo o país, que vinham reforçar o poder de fogo do CV nas comunidades.


🚓 “Não houve vazamento”, diz delegado

Questionado sobre rumores de vazamento de informações antes da operação, Felipe Curi negou a hipótese:

“Se houvesse vazamento, não teríamos tido o resultado que tivemos. Uma ação com 2,5 mil agentes, veículos blindados e helicópteros é impossível de ser sigilosa”, afirmou.

O delegado também destacou que a operação foi resultado de meses de investigação, com 180 mandados de busca e apreensão e 70 mandados de prisão no Rio, além de 30 mandados adicionais no Pará.


💣 “Operação Contenção” e o arsenal apreendido

A chamada Operação Contenção teve como alvo principal as lideranças do Comando Vermelho, responsáveis por ataques e domínio territorial na região. Durante o confronto, criminosos usaram drones com explosivos, além de barricadas em chamas.

O balanço policial apontou a apreensão de 118 armas de fogo, sendo:

  • 91 fuzis,
  • 26 pistolas,
  • 1 revólver e
  • 14 explosivos artesanais.

Milhares de munições e carregadores ainda estão sendo contabilizados.

Além das mortes, 113 suspeitos foram presos e 10 adolescentes apreendidos.


⚖️ Reação e plano de retomada

O secretário de Segurança do Rio afirmou que a operação faz parte do plano de retomada de territórios dominados por facções, elaborado em cumprimento à ADPF das Favelas, ação do Supremo Tribunal Federal (STF). O documento deve ser entregue ao governo federal até 20 de dezembro.

“Não se trata de ocupação, mas de retomada de soberania. Se dividirmos todo o efetivo policial pelas comunidades, daria sete policiais por área — é preciso uma política integrada, e não apenas presença militar”, ressaltou o secretário.

📈 Contexto: violência e debate político

A megaoperação gerou repercussão nacional. Imagens que circularam nas redes sociais mostram moradores levando dezenas de corpos para a Praça São Lucas, na Penha. Segundo estimativas, pelo menos 50 corpos foram carregados por populares após os confrontos.

A ação reacendeu o debate sobre violência policial e segurança pública no país. Enquanto governadores de direita — como Romeu Zema (Novo), Ronaldo Caiado (União), Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Cláudio Castro (PL) — defenderam a ação como “necessária e legítima”, setores da esquerda criticaram a letalidade e pediram investigação de abusos.


📊 Pesquisa recente

Uma pesquisa da AtlasIntel, divulgada também nesta sexta (31), mostra que 55,2% dos brasileiros aprovam a megaoperação, enquanto 42,3% desaprovam.
Entre os moradores de favelas, o apoio é ainda maior: 80,9% aprovam a ação. No Rio de Janeiro, 87,6% dos moradores de comunidades disseram ser favoráveis à operação policial.


A “Operação Contenção” entra para a história como a mais letal já registrada no Rio de Janeiro, superando Jacarezinho (2021) e Vila Cruzeiro (2022). O governo fluminense promete novos desdobramentos nos próximos dias, com reforço no policiamento e ampliação das investigações contra a facção.

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