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Inflação em Belo Horizonte acelera em setembro, impulsionada por alimentos e energia elétrica

Belo Horizonte enfrenta um novo cenário inflacionário, com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentando uma alta de 0,40% na terceira prévia de setembro de 2024. Esse aumento representa uma aceleração em relação às quatro semanas anteriores, que registraram uma inflação de 0,22%. Nos primeiros nove meses do ano, a inflação acumulada na capital mineira é de 6,20%, e em 12 meses, o índice chega a 7,63%. Embora a inflação atual ainda seja menor do que a observada no mesmo período do ano anterior, quando o IPCA havia subido 0,64%, os dados alarmam os consumidores.

O Índice de Preços ao Consumidor Restrito (IPCR), que reflete os gastos das famílias com renda de até cinco salários mínimos, também registrou alta, com uma elevação de 0,37% na mesma medição. O acumulado para 2024 é de 5,90%, enquanto nos últimos doze meses o crescimento é de 7,30%. Comparado ao ano anterior, quando o IPCR teve uma alta de 0,76%, a desaceleração é notável.

Diogo Santos, economista do IPEAD, comentou sobre os fatores que influenciam esse aumento. “A inflação na terceira semana de setembro está bem mais alta do que no período anterior. O que pressionava a inflação era o preço da gasolina, que vinha subindo. Contudo, agora a gasolina caiu e isso ajudou a segurar a inflação. Por outro lado, estamos enfrentando um aumento considerável no custo da energia elétrica, pois estamos na bandeira vermelha na conta de luz.”

O aumento dos preços dos alimentos in natura também contribui para essa alta. Após um período de queda, o grupo Alimentação teve uma elevação média de 0,78%, com destaque para o movimento da alimentação tanto dentro quanto fora de casa. Os alimentos in natura apresentaram uma alta de 1,49%, e os industrializados, 1,45%. A alimentação fora de casa, que vinha em queda, também interrompeu essa tendência, subindo 0,42%.

Os produtos que mais se destacaram em termos de alta foram o café em pó, com um aumento impressionante de 16,15%, móveis para sala (5,10%) e a tarifa de energia elétrica residencial (4,07%). Por outro lado, alguns produtos tiveram variações negativas, como o aparelho celular (-6,73%) e material de pintura (-5,66%).

As tarifas de energia elétrica residencial, excursões e o café em pó foram os principais responsáveis pela elevação do índice geral, contribuindo com 0,12, 0,06 e 0,05 pontos percentuais, respectivamente. Por outro lado, a gasolina comum, automóveis novos e vidro ajudaram a segurar a inflação, apresentando contribuições negativas de -0,03, -0,02 e -0,02 pontos percentuais.

Com a inflação em alta, a situação econômica dos consumidores se torna cada vez mais desafiadora. A combinação de preços elevados em itens essenciais, como alimentos e energia, juntamente com a leve desaceleração da inflação em comparação ao ano passado, apresenta um quadro complexo para a economia de Belo Horizonte. As famílias, especialmente as de menor renda, devem continuar a monitorar os preços e ajustar seus orçamentos em resposta às oscilações do mercado.

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